A supremacia espanhola

Ontem terminou mais uma Eurocopa. E de uma maneira que muitos esperavam, mas não imaginavam. Que a Espanha era a grande favorita ninguém discute, porém não com goleada diante da tetracampeã mundial Itália. De brinde, igualou a Alemanha com três títulos, e agora já pôs seu nome na história como uma das seleções mais vitoriosas da Euro. Nos primeiros quinze minutos a Itália ainda conseguiu equilibrar e deixar o jogo disputado, mas assim que saiu o primeiro gol, numa típica jogada desta escola de bola chamada Espanha, Silva abriu o marcador. Para quem tem Fábregas e Iniesta no meio de campo, fica tudo mais simples. Depois numa tentativa de linha de impedimento que não funcionou, Fábregas ofereceu  a bola na medida para Jordi Alba ampliar para 2 a 0. A Itália não conseguia ver a cor da bola, e a Espanha desfilava em gramados ucranianos. A Espanha que muito mais do que ter uma excelente troca de passes, é um conjunto, cuja base se chama Barcelona. No segundo tempo a supremacia se fez mais presentes, e Fernando Torres com um gol e uma assistência decretou o bicampeonato, que levou a inédita triplice coroa - título europeu, título mundial e depois título europeu novamente - fez a final da Euro terminar em goleada, 4 a 0. Li hoje a coluna de Benjamin Back, na segunda página do Lance!, e ele colocou uma dúvida interessante, se a Espanha tem como base o time catalão, como seria este time se o Messi fosse naturalizado espanhol? Tenho até medo de pensar nisso, pois até ele se aposentar seria difícil engolir e aturar uma paella valenciana em Copas do Mundo e Euros. Em 4 anos eles fazem história, criaram um novo método de jogar futebol baseado na posse de bola, conquistaram os três principais títulos de seleções do mundo, e ano que vem vem para o Brasil provar que podem continuar fazendo histórias, levantando a inédita taça de campeã da Copa das Confederações. Agora é só sentar no sófá, e aguardar pelos próximos capítulos, que serão em território verde e amarelo.