Quem ganhará hoje o prêmio de melhor jogador da Fifa de 2013?

Relato de um desembarque

Ontem estive à tarde no desembarque da delegação do Flamengo, no Terminal 1 do Aeroporto Internacional do Galeão. E vi como os jogadores de hoje em dia fogem ao máximo da imprensa - já ouvi jornalistas mais experientes falando que antigamente era mais fácil conseguir entrevistas - isso porque eles tem censo crítico, ou não querem aparecer na mídia. Alguns deles, como Ronaldinho Gaúcho, mostram muita marra. Ele estava saindo para o saguão do aeroporto, e voltou para dentro do desembarque, depois saiu correndo, diga-se de passagem mais do que dentro de campo, e só uma emissora de televisão conseguiu sonora. Para quem não sabe, sonora é qualquer fala de um entrevistado , seja em uma exclusiva, coletiva, ou entrevistas rápudas, como são as do desembarque. Outra coisa que não sabia, e presenciei no aeropotto, é que as pessoas sempre têm duas opções de escolha no desembarque, ontem a imprensa estava na direita, os jogadores nos vêem, e saem pela esquerda. Nós que sofremos, temos que fazer ginástica para correr atrás dos jogadores que vão dar entrevista, no caso de ontem, Leo Moura e Felipe. É tudo rápido, não podemos dar tempo de um repórter emendar uma outra pergunta quando o jogador acaba de responder, temos que entrar e perguntar rapidamente, temos que atropelar, numa linguagem mais direta, ser mau educado mesmo, falar ao mesmo tempo que outro jornalista, e as vezes ele responde a sua, e não a pergunta dele. Além disso tudo, reencontramos nestas ocasiões colegas de outras emissoras, de outros jornais, e de rádio também. Você acaba fazendo alianças, patotinhas, e quem sabe no futuro pode se beneficiar destas amizades. A minha primeira experiência em um desembarque trouxe várias lições e aprendizados para minha carreira, que está apenas começando. A primeira delas, acabou a resposta do entrevistado, tenho que entrar logo com a minha pergunta, a segunda é como os jogadores menos vizados, e presentes na mídia, também preferem se esconder, e driblar a gente, muito melhor do que em relação aos seus adversários. A terceira, é que você tem que ser magrinho e ter bom preparo físico para correr atrás dos entrevistados, o assessor libera, mas eles pregam uma peça em você, haja fôlego e preparo físico para isso. A moral é que adorei ter estado lá, aprendi como funciona um desembarque de um time, de uma seleção, e sentir esta adrenalina, emoção, é muito bom, só sabendo como é para entender. Obrigado ao meu chefe da Band pela oportunidade.