Quem ganhará hoje o prêmio de melhor jogador da Fifa de 2013?

Drama paranaense!

Rússia e Argélia travavam o jogo que definiria a última vaga na fase mata-mata do Mundial 2014. Os argelinos precisavam do empate, os russos da vitória. O técnico dos europeus era o retranqueiro Fabio Capello, e que não tinha grande qualidade técnica. No final quem conseguiu o que queria era o time africano. O jogo terminou com 1 a 1 no marcador. 
A Argélia visava desde o primeiro instante de jogo mudar aquela história de 1982, quando por resultados arranjados foram eliminados na primeira fase. No último jogo da Arena da Baixada neste Mundial, vimos um drama que nem um bom escritor russo poderia imaginar. Mas vamos falar primeiro dos 45 minutos iniciais. O jogo começou truncado, estudado, nos primeiros dez minutos nenhum dos times criou algum perigo de gol para o goleiro adversário. Como era imaginado, a Rússia tentaria criar as chances de gol através das jogadas aéreas, e assim aos 15 minutos abriu o placar. O resultado era o que Capello e seus comandados desejavam. A partir dai quem mais atacou foram os argelinos. Akinfeev se redimiu do ridículo frango levado na estreia russa no torneio. Apesar de ter tentado atacar, o jogo foi arrastado, e não teve muita chance de gol. 
No segundo tempo com mais espaço a Rússia explorava os contra-ataques, já que a Argélia se lançava pra frente em busca do empate. A seleção africana era quem precisava propor o jogo, e assim conseguiu chegar ao gol da mesma maneira que os russos. Escanteio, bola na área, cabeçada de Slimani, e com a saída errada do goleiro russo fez a bola entrar e morrer no fundo da rede argelina. Os russos foram pra cima nos 30 minutos finais sem organização mesmo. No entanto a defesa africana estava bem fechada e com ligação direta a bola batia e voltava. Conforme o tempo passava mais os europeus buscavam o ataque, e os africanos mais defendiam do que nunca. Nos minutos finais começou a temporada de bola levantada na área e nada funcionava. A Argélia ainda chegou ameaçar duas, três vezes no contra-golpe. 
Quando o juiz apitou o fim do jogo vimos uma alegria emocionante de jogadores e torcedores que viam pela primeira vez seu time chegando na fase final de um Mundial, e os russos eram desespero, mas sem choro já que são um povo frio. Como diziam que a Rússia se preparava em 2014 para a próxima Copa que será na casa deles, e assim conseguir um bom resultado com o apoio do seu torcedor. Parabeens, Argélia, vimos sua pequena história no futebol sendo escrita aqui. Agora qualquer resultado é lucro, ainda mais que do outro lado vão ter a Alemanha pela frente. Será que o drama e a história deles não terminou em Curitiba? Saberemos dia 30 de junho.

Telão não ganha jogo!

Se vaidade desse prêmio aos jogadores, fizesse grandes times ganharem jogos, sem dúvida Cristiano Ronaldo e Portugal teriam sempre o que comemorar no mundo do futebol. Mas como isso fica no extracampo eles têm que jogar bola, e não o fizeram pela passagem pelo Brasil, mesmo que tenham se despedido com vitória sobre Gana. Por falar nisso essa seleção africana proporcionou a imagem mais feia e lamentável da competição até agora. Eles cobraram dinheiro da federação ganesa de futebol por terem conquistado a vaga no torneio mundial, e mandaram rapidamente da África para a capital brasileira. Depois com o dinheiro líquido em mãos, no hotel os atletas cheiravam as notas como animais, e como se nunca tivessem visto isso em toda sua vida. Alguns defenderam eles dizendo que os dirigentes lá se omitem quando há um fracasso em qualquer torneio, mas nada se justifica. Os torcedores querem que o time jogue pelo povo, e isso eles só fizeram nos primeiros jogos, e para tentar justificar o empate e derrotas nesta Copa, quiseram usar o lado financeiro. A moral da história é que isso foi lamentável. 
Agora falando de bola rolando. Portugal sabia que precisava golear e torcer para uma vitória alemã se quisesse permanecer no campeonato. A esperança estava com seu principal jogador, Cristiano Ronaldo. Se ele jogasse o que não fez até aquele jogo, poderia acreditar na vaga para jogar contra a Bélgica, imaginando que os Diabos Vermelhos fiquem com a liderança do grupo H. No primeiro tempo o jogo foi dominado pelos lusitanos, e eles criavam as melhores chances de gol. Devido à um gol contra marcado pelo jogador ganês no meio da etapa inicial, Portugal saiu na frente. 
No segundo tempo, quando se soube o que acontecia entre alemães e norte-americanos, Gana foi melhor no jogo e chegou ao empate. Com 1 a 1 no placar, e com o 1 a 0 alemão ajudando, Gana sentiu que podiam ficar com a segunda vaga e mandou bola na trave, foi para o ataque. Quando Portugal teve uma chance não desperdiçou, e olha que os ganeses ajudaram para eles ficarem em vantagem de novo. Aos 40 minutos do segundo tempo o goleiro africano rebateu nos pés do Cristiano Ronald, e fez ele não sair do Brasil sem ter feito pelo menos um gol. Mais preocupado com sua imagem e com os telões ele esqueceu de jogar fazendo com que Portugal não produzisse tanto. Quando o juiz apitou o final ele se deu conta de que tinha que brilhar, e não o fez. Para se ganhar se deve produzir grandes jogadas, e não ser vaidoso, por causa desta e de outros fatores, Portugal do atual melhor do mundo caiu fora na primeira fase. 
Cristiano Ronaldo agora deve se preocupar em ficar mais feio, horrível nos telões pelos próximos dois anos, e ajudar seus companheiros a um bom resultado na Eurocopa 2016. Lá o futebol dele tem de ser protagonista. 

Amigos, amigos, Copa à parte

Muito se falou da amizade entre Jurgën Klismann e Joachin Köw, respectivamente técnicos dos Estados Unidos e da Alemanha, e que por conta disso fariam um jogo amigável onde o empate garantiriam os dois nas oitavas. Mas não foi isso que se viu em campo. Os alemães conseguiram ganhar de 1 a 0, em um jogo que só eles atacaram praticamente.
O time alemão era tido como o maior candidato a tirar o título do Brasil, e que mostrariam um futebol envolvente e cheio de belas jogadas. Mas o time não fez o que dele se esperava, pelo menos na primeira fase. Na estreia golearam Portugal porque os gajos estavam com um a menos, contra a forte seleção de Gana empatou e viu Gana jogar um pouco melhor e quase ganhar o jogo. E contra os Estados Unidos foi pragmático apesar de ter criado as melhores oportunidades de abrir o placar. Os Estados Unidos no primeiro e segundo tempo mantiveram o espírito do que chamamos de times pequenos. O resultado foi apenas a Alemanha buscando vencer o jogo, mesmo assim sem forçar excessivamente a festa. Sem ímpeto e vontade ganhar dos dois, vimos um 0 a 0 sem graça no primeiro tempo.
No segundo tempo o jogo foi todo da Alemanha. Tudo bem que os norte-americanos quiseram atacar nos cinco minutos finais, mas no todo pouco produziram para empatar ou vencer o confronto. Pela forma que os alemães jogavam pareceria que nem eles fariam gols na tarde da quinta-feira passada, entretanto aos dez minutos após rebatida da defesa do Tio Sam a bola sobrou para Thomas Müller que chutou bonito e deu números finais ao duelo pelo grupo G. Os germânicos ainda criaram algumas chances, mas nada que pudesse mudar o 1 a 0. Os jogadores americanos pareciam saber o que acontecia em Brasília entre Portugal e Gana, e resolveu segurar o 1 a 0 que mesmo assim sairiam com a vaga. O jogo se arrastou desta forma até o final, e os dois avançaram para o mata-mata do Mundial brasileiro. Os dois agora aguardam a definição dos seus adversários.
este jogo comprovou o que se notou na primeira fase até agora. Os grandes times não estão sendo tudo aquilo que imaginávamos, e a modéstia Colômbia é quem jogou mais ofensivamente, e de forma solta. Agora a expectativa dos torcedores das grandes seleções, do bom futebol é que se jogue mais bonito e que vejamos gols, pois os brasileiros estão mal acostumados com a história da maior média de bolas na rede em 20 edições do torneio. Que a Alemanha volte a ser aquela de 2, 4 anos atrás, é o que esperamos.

Agora que venha Messi e companhia

7 gols em 3 jogos, quando mostramos as estatísticas desta seleção nem parece que estamos nos referindo à Suíça. Mas é isso mesmo, o time que representa a nação onde fica a sede da Fifa agora joga para a frente, busca gols, e conta com jogadores muito habilidosos. Uma prova da postura diferente em relação à de jogos anteriores foi o fato de levar uma goleada da França por 5 a 2, e de buscar a virada na estreia até o último minuto contra o Equador, quando venceram por 2 a 1 no último lance da estreia na Copa. 
Pegar a frágil Honduras na última rodada pelo segundo mundial seguido na última rodada desta etapa do Mundial seria ideal para seguir vivo na Copa. Se em 2010 os dois se cruzaram na mesma circunstância e empataram por 0 a 0, desta vez o enredo foi diferente. Shaqiri foi o nome do time europeu na partida. Três gols em um único jogo de Mundial é para poucos, e ele deu início a saga de bola nas redes da Arena Amazônia com um chutaço, golaço de fora da área. Honduras era definitivamente o pior time desta Copa. Mesmo os outros que só perderam nesta Copa tinham times melhores que os caribenhos. Ainda nos primeiros 45 minutos os suíços ampliaram para 2 a 0 a vantagem. Como seguia empate no Maracanã, a vaga era deles. 
O segundo tempo veio e a Suíça diminuiu um pouco o ritmo, mas ainda era superior na partida. Quando Shaqiri recebeu a bola fez 3 a 0 e consolidou a goleada. Mais um 3 a 0 que os latinos recebem de um europeu neste Mundial. Com alguns nomes habilidosos no time eles conseguiram o que precisavam para diminuir o saldo de gols negativo e garantir a vitória para avançar no torneio. Honduras chegou pouco no ataque, e quando chegava não oferecia perigo para Benaglio. 
Agora a missão dos suíços é parar Messi e companhia nas oitavas-de-final, e fica uma questão no ar: voltar a tática antiga de se plantar na defesa e buscar uma bola para decidir o jogo, ou jogar como jogou nos três jogos da primeira fase em busca de gols e triunfos. Só uma coisa é certa para este duelo, a Suíça vai marcar muito e tentar parar o baixinho argentino de qualquer maneira. E acho que os europeus vão vender caro esta derrota. Messi vai cortar um dobrado para eliminá-los. 

O Maracanã não merecia isso!

Dia 25 de junho, penúltimo dia da primeira fase da Copa do Mundo de 2014. Grupo E: França e Equador, para os europeus o empate lhes bastava para ficarem em primeiro, já os sul-americanos precisavam ganhar para seguir no torneio. E vimos um jogo sem vergonha, que fez se concretizar o primeiro jogo sem gols no Maracanã. Um dos piores jogos do Mundial do Brasil. E neste jogo cheio de erros de passe e chutes, o destaque foi Dominguez, goleiro do Equador. E de todos os estádios da Copa, pela sua grandiosa história, o Maracanã era o que menos merecia ser palco da falta de gols. 
O primeiro tempo teve os dois times travados. A França administrava a partida para segurar o empate, já que isso era mais que suficiente para ficar em primeiro do grupo. O Equador até criou boas chances mas quase não levou perigo para Lloris. Os dois times erravam muito em campo e maltratavam a adorável Brazuca. Restava ao torcedor gritar músicas do Flamengo, fazer olas, porque de sair algo espetacular nas quatro linhas estava bem difícil. Apesar de uma leve superioridade no primeiro tempo, a França foi quem criou a melhor oportunidade de balançar a rede. 
O segundo tempo viu uma França mais incisiva, tomando iniciativa e atacando já que os rivais não atacavam. No início dos 45 minutos finais eles até quase fizeram o primeiro quando a bola se chocou com a trave. Sem fazer muita força os Les Bleus chegavam com perigo e pravam nas grandes defesas de Alejandro Dominguez. Os equatorianos apesar do grito: si se puede não ameaçavam os franceses. Benzema não foi o mesmo dos dois jogos anteriores. Era claro que a escolha de Didier Deschamps em poupar os titulares para as oitavas-de-final  contra a Nigeria, e o time não correu muito no Maracanã. 
Por tudo isso relatado aqui o som do fim da partida foi simbólico: vaias. Brasileiro provou que detesta ver 0 a 0. Com o empate o Equador era o único sul-americano eliminado na fase de grupos. Agora a França volta para o seu Centro de Treinamento em Ribeirão Preto para repousar e depois seguir para duelar com os nigerianos em Brasília por uma vaga apenas nas quartas-de-final. Mas que os dois poderiam ter feito mais, e balançar ao menos uma vez a bela rede do bom e velho Maraca, poderiam. 

A Bósnia se despede dignamente do Brasil

Raros são os times que estreiam em qualquer torneio e conseguem um bom resultado. Podemos ilustrar em uma mão os times que conseguem êxitos tão rapidamente em comparação com outros. Em Copas do Mundo podemos citar a Croácia em 1998. Mas é muito difícil de isso acontecer. Por isso a Bósnia pode trilhar o caminho vitorioso e chegando nas grandes competições a partir da Copa 2014. A vitória por 3 a 1 sobre o Irã fez fechar brilhantemente a estreia bósnia em um grande torneio. Desde que ficou independente da Iugoslávia na década de 1990 foi a estreia em grandes campeonatos destes jogadores. 
O primeiro tempo mostrou quem era mais time, e que poderia ter avançado de fase caso tivesse tido espaço para jogar. Os jogadores europeus tomaram iniciativa com um objetivo claro, estrear no torneio com ao menos uma vitória. E sabiam que eram mais equipe e conjunto que os nigerianos, mas a forte defesa africana impediu que eles mostrassem suas grandes jogadas. Aos 22 minutos a supremacia europeia se consolidou e os bósnios abriram o placar. Dzeko, principal cara do time botou a bola no fundo das redes. Mesmo assim foram 45 minutos sem graça, sem muita emoção, vide que os europeus estavam eliminados e os iranianos precisavam de um milagre para passar. 
O segundo tempo melhorou um pouco, mas por saberem que não tinham mais nada o que fazer na competição o jogo foi bem mais devagar que o duelo jogado simultaneamente entre argentinos e nigerianos. Nos últimos quinze minutos mais três gols. A Bósnia chegou a ampliar já no final dos 90 minutos. Depois os europeus deram uma bobeada na saída de bola, e o Irã marcou seu único gol do Mundial. Agora um parênteses: desde 1998 que todos os 32 países do torneio não conseguiam ao menos uma bola na rede adversária. Ainda teve tempo para quase nos acréscimos eles chegarem a confirmar sua primeira vitória em Mundiais e selar o placar de 3 a 1.
Com isso os dois países se despedem do Brasil, ambos sob muita simpatia dos brasileiros. E agora fica a torcida para vermos Dzeko na Euro 2016 e na Copa de 2018, na Rússia. Depois de tantos sofrimentos com guerras, a Bósnia e Herzegovina merece um sorriso, nem que seja apenas no futebol. 

E se não tivessem o Messi?

Terceiro jogo da Argentina, e mais uma vez o baixinho hermano desequilibrou a favor dos nosso vizinhos. Neste jogo ele conseguiu marcar duas vezes, e um delas foi apenas o segundo gol de falta da Copa do Mundo até aquele momento. Novamente os argentinos tiveram dificuldades contra os nigerianos, e em 2014 não foi diferente. Foi a quarta vez nos últimos seis mundiais que eles se cruzam, quase sempre na fase de grupos. E o jogo teve um aspecto interessante fora de campo também. Pela proximidade da fronteira entre Brasil e Argentina em relação à cidade de Porto Alegre, mais de cem mil hermanos tomaram conta das ruas gaúchas. A maioria apenas para ver perto da equipe o jogo, e sentir o clima do campeonato de futebol, já que não tinham ingressos para o Beira-Rio. O jogo foi 3 a 2 para a Argentina, em dois momentos com a partida muito acelerada como se verá. 
O jogo começou animado e bem movimentado. Logo nos primeiros três minutos Di Maria recebe lançamento nas costas do zagueiro esquerdo da Nigéria, e chutou forte, Eneyama defendeu, e sobrou limpa para Messi chutar forte e abrir o placar. Logo na saída de bola Musa empatou para a Nigéria. Já era naquele instante o jogo com os dois gols mais rápidos desta Copa. Argentina e Nigéria ainda mantiveram a aceleração do jogo por mais dez minutos, depois o ritmo diminuiu. A Argentina parecia estar fazendo sua melhor partida, criando boas chances de gol. Di Maria e Messi eram os destaques. Por volta dos trinta minutos uma falta para La Pulguita, que bateu com rara categoria e pôs os argentinos em vantagem novamente. Após esse gol nada de muito mais interessante aconteceu no primeiro tempo. 
Se os primeiros 45 minutos começaram muito rápidos, a segunda metade da partida manteve o mesmo ritmo. Aos 4 minutos em mais um falha da defesa, marcação nigeriana Musa fez mais um. No duelo entre ele e Messi estava 2 a 2. Pouco depois o time hermano consegue marcar dom Rojo em uma cobrança de escanteio perfeita. O jogo continuou bom, mas sem muitas chances de gol. Messi foi eleito novamente o melhor em campo, e a Argentina saiu satisfeita com sua atuação e seus cem por cento de aproveitamento na fase de grupos. Esse foi o melhor jogo deles até agora. Agora os sul-americanos esperam a definição do adversário das oitavas, que deverá ser Suíça ou Equador. Apesar da primeira derrota a Nigéria ficou com a segunda vaga. Isso porque a Bósnia venceu o Irã em Salvador. 
Vendo os três jogos argentinos até o presente momento nos faz indagar: E se eles não tivessem o Messi para decidir os confrontos? Ele foi o responsável direto pelas três vitórias do Hermanos. Fico imaginando se o baixinho bom de bola se machucar o possível destino deste time. Para eles é bom a gente pensar nisso, eles por sua vez, nem cogitam nesta hipótese. 

Erro crucial derruba marfinenses

O favoritismo era todo sos africanos. O time de Didier Droga era o mais cotado para se classificar na segunda posição do grupo C deste Mundial. E como a Grécia é conhecida por jogar mais na defesa, deveria ser jogo de um time só, mas quem disse que teoria e prática são a mesma coisa? A verdade é que este teve o final de jogo mais dramático da etapa de grupos da Copa 2014. Os 2 a 1 da Grécia deram pela primeira vez a vaga nas oitavas aos gregos. 
No primeiro tempo foi visto um jogo bem diferente do que todos imaginavam. As melhores chances de gol foram dos gregos, com direito a bola no travessão. As melhores chances de gol foram dos europeus. Para surpresa de todos a Costa do Marfim pouco chegava ao ataque, ou não conseguia criar formas de entrar na zaga grega. Com isso a Grécia foi criando chances atrás de chances, e conseguiu abrir o placar em um erro de saída de bola do time africano. Samaris foi o autor do primeiro grito de gol do jogo. A bola nas redes incendiou o jogo, e Yaya Touré quase igualou o placar, mas não entrou. O primeiro tempo terminou assim mesmo.
Na segunda etapa a primeira oportunidade de gol foi dos gregos, mas depois os jogadores da Costa do Marfim conseguiram chegar perto da igualdade, no entanto pararam no goleiro grego. O jogo neste momento seguia bem equilibrado e aberto, com a Grécia nos contra-ataques ameaçando perigosamente a meta africana. E os europeus estavam bem a vontade, e obrigavam a cada lance o goleiro marfinense à uma grande defesa. Poucos minutos depois mais uma bola na trave do time africano. A Grécia fazia até aquele momento seu melhor jogo nesta Copa, pelo menos tinham uma postura bem mais ofensiva do que a de jogos anteriores. As ameaças vinham de todo jeito, com bola rolando ou de falta. Quando conseguiram um contra-ataque já mais para o final de jogo, a Costa do Marfim chegou ao empate. Naquele momento a vaga era deles. 
A luta grega continuou nos dez últimos minutos, mas pareciam que ceder o empate seria muito falta para quem jogou melhor que o adversário pela primeira em 270 minutos. A justiça desta vez parecia ter premiado os que mais jogaram na média dos três jogos da Copa. Mas eis que surge um pênalti no fim do caminho. Já nos acréscimos a Grécia consegue estragar a alegria e euforia marfinense. Sem tempo para reagir, os africanos são derrotados, e provocam a maior comoção pela eliminação de um time neste Mundial. Com a passagem para dos europeus as oitavas de finais em Recife veriam um duelo de zebras: Costa Rica e Grécia. 
Com a moral elevada pela vaga garantida, os gregos tornam este duelo com os centro-americanos em um jogo sem muito favoritismo. E para quem passar já vai ter conseguido sua melhor campanha em uma Copa do Mundo. Já aos jogadores da Costa do Marfim resta lamentar e chorar muito esta eliminação que até os 46 do segundo tempo parecia que não iria acontecer. Esta geração vai dar adeus, e tentará criar outra para mudar a história do país de origem francesa nos próximos mundiais. 

Colômbia à brasileira!

Há um tempo os brasileiros eram considerados os grandes bailarinos da bola, quem encantava em campo. Mas não é que na Copa do Mundo aqui veio esses tais colombianos, diga-se de passagem sem Falcão Garcia, e estão nos desbancando na nossa casa? Meninos abusados. A verdade é que os sul-americanos, como eles são conhecidos jogaram até a última terça-feira, dia 24 de junho, o melhor futebol da primeira fase. Merecidamente terminaram esta etapa da Copa com os cem por cento de aproveitamento. 
O time colombiano venceu por 4 a 1 contra o Japão, e garantiu um dos melhores ataques, e defesas da competição até este presente momento. O excelente estilo de toque de bola, e jeito envolvente encantaram os olhos dos torcedores que assistiram aos seus jogos em Belo Horizonte, Brasília e Cuiabá. Apesar disso eles começaram com o espírito de empatar e não se expor muito para assegurar o primeiro lugar do grupo C. No entanto, no decorrer do jogo a fragilidade do time japonês alterou sua postura, e chegou a mais uma grande vitória nesta Copa. Para quem não sabe é a primeira vez que eles conseguem três triunfos em três confrontos em Mundiais. E na ausência do astro do time Falcão Garcia, James Rodriguez tem dado conta do recado, e o substituindo à altura. 
A Colômbia em uma jogada de velocidade abriu o placar sem muito esforço. A zaga nipônica é deficiente demais, e deu espaço para o primeiro gol dos colombianos. Depois em uma rara jogada aérea, o Japão igualou o placar. Pelo menos que eu tenha visto foi primeiro gol dos nisseis. Os nipônicos ainda criaram algumas boas chances de gol, mas não conseguiram finalizar com categoria. Com a fragilidade dos asiáticos, os sul-americanos aproveitaram o desânimo dos oponentes, e conseguiram construir mais uma grande vitória no Brasil.
No segundo tempo, Jackson Martinez e James Rodriguez mostraram o belo futebol deles, e com direito a um golaço encobrindo o goleiro, a Colômbia chegou tranquilamente aos 4 a 1. Com o gol da James, ele conseguiu ser o único a fazer um gol em todos os jogos disputados por seu país nesta edição do Mundial. Com mais este triunfo, a primeira colocação ficou mais do que consolidada, e agora vão travar um duelo continental contra o Uruguai. Já o Japão, que ano passado mostrou um futebol de bom toque de bola decepcionou, e parece ter desaprendido a técnica e habilidade, e não renderam o que deles se esperava. Como no outro jogo a Grécia venceu a Costa do Marfim, a segunda vaga ficou com os gregos. 
Os inventores do futebol-arte que se cuidem porque passando pelos uruguaios, os colombianos cruzam nosso caminho, e a seleção que mais bola tem jogado em duas semanas de torneio, pode dificultar muito nosso caminho. Resta ver como esta nova geração colombiana vai se portar em campo, pois alguns números já a fazem melhor que o time de Asprilla, Valderrama, Rincón.