Assim vamos sofrer, Felipão!

Tática? Não vi. Organização? Também não. Jogadas geniais do Neymar e Oscar? Menos. Apesar de termos proporcionado os mais longos 90 minutos de fama ao goleiro mexicano Ochoa no jogo de ontem em Fortaleza. O Brasil foi menos ameaçado, mas também não pressionou muito os mexicanos. Isso porque quase cem por cento das bolas brasileiras foram cabeceadas ou chutadas em cima do arqueiro rival. 

Neymar pouco fez, e ficou devendo para torcedor brasileiro que compareceu ao Castelão para ver o nosso segundo jogo. O México por sua vez apostava em chutes próximos da área e de longa distância, provavelmente não acreditando no atual momento do nosso Julio Cesar. Só nos últimos três minutos que o goleiro brasileiro trabalhou, bem menos que o do adversário da tarde de terça. Sem muita criatividade no meio, uma grande dependência das jogadas individuais dos nossos melhores jogadores mostrou deficiências que devem ser corrigidas não só para o terceiro jogo, como para o mata-mata, porque com essa padrão de jogo podemos cair e fazer vexame logo nas Oitavas. 

Para mim o Felipão tem que modificar o time que jogou contra os mexicanos, e colocaria William e Oscar juntos para deixar o time mais ofensivo e com mais habilidade. Antigamente nossos times tinham pelo menos três jogadores que podiam desequilibrar, e assim, em uma grande jogada nos ajudar a sair com o triunfo. Como Camarões está longe de ser um adversário que mete medo, não devemos sofrer para ganhar só leões indomáveis. E espero que Felipão, e nossos jogadores parem de tentar ludibriar a arbitragem com simulações, isso é feio e mancha a imagem do nosso futebol. Vamos jogar bola, que sabemos tenho certeza, mas que até agora não vimos por aqui. Espero que o veja a partir de segunda, senão haja coração, emoção e sofrimento em mais uma Copa. 

Empate bom para ambos!

Que a Bélgica deve ser a primeira colocada desse grupo ninguém duvida. Mas a estreia de russos e sul-coreanos, que terminou em 1 a 1, pode fazer as duas seleções dependerem apenas de si contra a Argélia para obter a segunda vaga do grupo H. O saldo de gols deve ser essencial para isso. 

As duas seleções não têm grandes jogadores, craques, por isso a raça e vontade de vencer deveria se sobrepor a técnica que falta para russos e coreanos. E quem tem como técnico italiano Fábio Capello não pode ser ofensivo, por isso a tendência era que a Coreia tomasse conta do jogo. Os primeiros 45 minutos foram sofridos, sem grandes chances para ambas as equipes. O torcedor que foi à Arena Pantanal, em Cuiabá, deve ter sofrido com tamanha pelada e deve ter imagino que veriam o terceiro 0 a 0 desta copa. 

No segundo tempo parece que os times voltaram mais motivados pelos seus treinadores, e melhoraram a qualidade do espetáculo. Com 17 minutos a Coreia abriu o placar no lance que mostrou ao mundo o primeiro frango da Copa. Akinfeev conseguiu engolir uma gorda ave do mundial em 2014. Minutos mais tarde eis que que a Rússia, em um lance de bate e rebate conseguiu igualar o marcador com Kherzakov. Depois disso o jogo melhorou, mas o empate nos 5 minutos finais passou a ser considerado bom pra ambos, já que agora os dois dependem apenas de si para acompanhar a Bélgica na próxima fase. Com a liderança isolada dos belgas, tudo indica que a briga dos dois será mesmo pela segunda colocação. 

Assim terminou a primeira rodada da fase de grupos da Copa, com a melhor média de gols desde que a Copa passou a ter 32 seleções, o futebol realmente está em casa neste mundial. 

Venceu, mas deveu!

Ontem aconteceu a estreia de uma das seleções mais badaladas desta Copa, a Bélgica. Mas a pressão nitidamente sobre esses jovens jogadores pesou para um desempenho abaixo do esperado contra a fraca equipe da Argélia. 

O time no norte da África foi para o Mineirão, em Belo Horizonte com a missão de se defender e conseguir em uma jogada isolada marcar o gol da vitória. E isso aconteceu logo aos 20 minutos do primeiro tempo quando em uma jogada esporádica do time argelino quando um jogador conseguiu entrar na área belga e sofrer um pênalti ao ser puxado dentro área. Hazard, Felaini, Van Buyten não conseguiram jogar o que deles se espera. A forte marcação dos rivais africanos também foi um fator que ajudou para isso.
O segundo tempo foi diferente, o time da Argélia cansou e deixou a Bélgica começar a atacar e buscar o empate. Mas mesmo assim os belgas só começaram a tomar conta do jogo na segunda metade do segundo tempo. Em um cruzamento dentro da área o jogador belga subiu muito alto e igualou o placar. Poucos minutos depois o time começou uma grande jogada que passou pelos pés de Hazard, e em um chute forte virou o jogo para espantar a segunda zebra da Copa 2014.
Agora para os jogos seguintes depois da pressão da estreia pode fazer a Bélgica, candidata a surpresa do mundial, a jogar mais solta mostrar muito mais do que o primeiro jogo. Que se cuidem russos, e sul-coreanos!