Quem ganhará hoje o prêmio de melhor jogador da Fifa de 2013?

A queda do santo Tim Howard!

Finalmente a Bélgica jogou o que dela se esperava. No último jogo das oitavas-de-final vimos a maior atuação de um goleiro na história de um mundial. Tim Howard, goleiro dos Estados Unidos, fez 16 defesas importantes e que evitou uma goleada belga em Salvador, cidade que mais gols foram feitos nesta Copa. A vitória dos Diabos Vermelhos só saiu na prorrogação, e foi pelo placar de 2 a 1. 
O jogo todo foi dominado pela Bélgica, mas no primeiro tempo eles ainda fizeram um jogo estudado com os Estados Unidos, com poucas chances de gol. Os dois times criaram algumas chances, no entanto não conseguiram abrir o placar. Courtois pouco trabalhou, a forte marcação belga impedia que os jogadores americanos chegassem com perigo na área deles. Mais uma vez duas seleções foram com o 0 a 0 para o intervalo. 
Já no segundo tempo o que se viu foi um grande bombardeio belga ao gol norte-americano, e em uma noite inspirada o goleiro Howard pegava de todo jeito as bolas em direção à sua meta. Não importava se a redonda vinha do meio, da direita, da esquerda, da cabeça, dos pés do adversário, a bola era espalmada pelas mãos dele. Se ele não tivesse inspirado, o jogo estaria uns 3 a 0 Bélgica. Eram 30 finalizações dos Diabos Vermelhos, contra apenas 6 dos norte-americanos. Mas a última chance clara antes dos 30 minutos extras, foi dos Estados Unidos, quando o atacante Wondolowski perdeu um tento feito. O treinador Jurgen Klismann ffez cara de perplexo com o lance desperdiçado pelo seu atleta. Como não saiu gol, o jogo foi o quinto a ir para a prorrogação neste Mundial. 
No tempo extra a entrada do atacante Lukaku, que antes da briga com o técnico Marc Wilmots era titular, entrou e em um jogada individual serviu o companheiro De Bruyne para abrir o placar aos 3 minutos. No fim do primeiro tempo da prorrogação, Lukaku chutou forte e fez 2 a 0. Finalmente quebraram o muro do Tio Sam. Quando o jogo parecia decidido os Estados Unidos diminuíram, provando que nenhum jogo acaba antes do juiz apitar seu fim. Nos últimos três minutos eles ainda tentaram chuveirinho na área, mas aí a defesa belga conseguiu salvar e impedir o empate americano. E assim acabou: 2 a 1 para a Bélgica. 
Agora a missão dos Diabos Vermelhos é parar Messi e companhia, em um dos jogos mais esperados da próxima fase, ao lado de França e Alemanha. Já os Estados Unidos resistiram bravamente, e seguraram o 0 a 0 por 93 minutos. E com o aumento do gosto pelo futebol lá na terra do Tio Sam, podemos ter daqui a uns anos um grande time norte-americano que vá disputar um título, mas por ora eles já fizeram um bom papel e podem voltar para casa. 

Messi e trave salvam a Argentina

Quando o jogo está difícil, chama o Messi. É assim que anda trabalhando o time argentino comandado por Alejandro Sabella. Nos uqatro jogos até agora o baixinho hermano desequilibrou e ajudou a a Argentina a vencer, e desta vez não foi diferente. O 1 a 0 sobre os suíços foi mais uma prova disso. 
Pela primeira vez neste Mundial a Suíça resolveu jogar na defesa. O medo dos argentinos, principalmente de um tal de Messi, fez com que eles jogassem como no passado em busca de uma bola apenas. O goleiro Benaglio provou no primeiro tempo que seria o nome do jogo. A calma hermana se manteve os 120 minutos, isso porque o jogo foi mais um confronto das oitavas a ir para a prorrogação. E os europeus quando chegavam no ataque ficavam perto de fazer o gol. Romero teve que trabalhar nos primeiros 45 minutos. Shaqiri quando teve a melhor chance do jogo na primeira etapa tentou uma cavadinha e perdeu  o gol. O primeiro tempo ficou por isso mesmo, e não teve gol. 
No segundo tempo a Argentina foi para a frente, e Benaglio e os zagueiros da seleção europeia novamente impediram que os sul-americanos abrissem o placar. Em um lance de bola parada quase os suíços abriram o placar, mas a redonda parou nas mãos do goleiro argentino na defesa de dois tempos. Em nenhum momento do tempo normal o time de Sabella não se desesperou por fazer a rede balançar. Di Maria teve mais uma oportunidade e chutou em cima do goleiro Benaglio. Devido ao arqueiro europeu ter feito grandes defesas, o jogo foi para a prorrogação já que seguia empatado em 0 a 0. 
No tempo extra a Argentina continuou pressionando e não conseguiu fazer um tento nos primeiros quinze minutos. A Suíça estava conseguindo marcar muito bem o Messi. Parecia que desta vez ele não salvaria a vida dos argentinos. Mas no descuido que os europeus deram aos 12 minutos do tempo extra, Messi arrancou, tocou na direita e Di Maria, melhor jogador em campo, fez o gol salvador, ou o que consideravam que seria o gol salvador. Isso porque ainda deu tempo em um dos poucos ataques da Suíça o jogador de vermelho ter mandado na trave, batido nele na volta e saído na linha de fundo. Uma falta ainda poderia ter mudado o placar da partida, mas a bola foi para fora, e o árbitro apitou o fim do confronto e a Argentina pode comemorar a ida às quartas. 
Agora era aguardar quem eles enfrentariam na próxima fase:Bélgica ou Estados Unidos. E depois da experiência desta terça-feira, duvido que eles achem que a próxima partida será fácil, ou arriscarão dizer que é moleza passar por belgas ou norte-ameircanos? 

Não está fácil pra ninguém!

Todos apostavam que a Alemanha fosse ganhar de goleada da surpresa argelina. Mas os africanos queriam repetir a história da Copa de 32 anos antes, quando derrotaram os alemães por 2 a 1 na estreia de ambas as seleções na primeira fase daquela Copa. O sistema defensivo argelino funcionou e com isso dificultou as jogadas alemães. Só na prorrogação que a Alemanha conseguiu furar a retranca da Argélia, e com isso ela venceu por 2 a 1. Isso mesmo os alemães fizeram dois, e ainda levaram um nos 30 minutos finais de partida. 
A Alemanha e a Argélia não fizeram muita coisa nos dez minutos iniciais do primeiro tempo. estava difícil para a equipe germânica entrar na defesa africana nos primeiros minutos, e os africanos quando tinham espaço iam pra frente e buscavam o gol. As saídas com os pés do goleiro alemão foram fundamentais  no primeiro tempo, e no resto do jogo para que o gol africano não saísse. No segundo tempo e na prorrogação isso ficou mais evidente. Do argelino o goleiro usava as mãos para afetar o perigo. Era um bom primeiro tempo, com espaço e chances para os dois lados. A frieza e calma alemã continuava no gramado de Porto Alegre, e esperavam com muita paciência a hora de fazer o primeiro gol. O goleiro argelino era o principal responsável pelo 1 a 0 não ter pintado nos primeiros 45 minutos. Era um bom jogo, mas com superioridade germânica. Assim os dois times foram com o 0 a 0 para o intervalo. 
No segundo tempo a superioridade germânica era nítida, e eles criavam muitas chances que na maioria das vezes terminava com a defesa do goleiro africano. Mesmo com dificuldades para fazer o placar, os alemães mantinham a calma, não de desesperavam, e trabalhavam para quando desse vencer o jogo. Mas tinha do outro lado um adversário perigosíssimo no contra-ataque, que assustava a seleção europeia. Como nenhum dos dois países conseguiu balançar a rede adversária, o jogo foi para ser decidido na prorrogação. 
No início do tempo extra Schurle, que entrou no segundo tempo do tempo normal, fez o primeiro gol, e deu mais tranquilidade para a equipe europeia. O time africano se abateu com o gol, e criou uma chance para empatar mas não conseguiu. Nos últimos quatro minutos finais ainda teve tempo para mais dois gols e muita emoção. A Alemanha com Ozil fez o segundo, e no último minuto a Argélia diminuiu e tentou fazer um milagre, mas não deu para os bravos guerreiros africanos. De todos os países eliminados nesta fase, é quem mais sai de cabeça erguida por fazer jogo duro com os alemães, favoritos ao tetracampeonato. 
Com este resultado vamos ter um grande clássico europeu no gigante Maracanã: França x Alemanha. E esta primeira fase do mata-mata prova que não está fácil para ninguém, e que até uma desacreditada Argélia pode fazer jogo duro com a Alemanha. Que Copa é essa amigos, muita emoção, adrenalina, drama até o fim dos jogos. E ainda tem muito mais até o dia 13 de julho!

Valeu, Nigéria!

Quando se olha França e Nigéria, quem você aponta como provável vencedor do jogo? Claro, os Les Bleus, mas eles suaram para derrotar os nigerianos. Mais uma seleção grande que suava para passar para as quartas. Os franceses conseguiram a vaga no final do jogo. Os africanos antes desse jogo protagonizaram mais uma briga entre atletas e federação pela premiação, no caso deles o desejo era a antecipação para a fase final, e com ou sem o dinheiro eles fizeram bonito, e quase levaram para a prorrogação. 
No primeiro tempo os nigerianos não deixaram a França jogar. Há quem atribua o baixo rendimento francês na primeira metade de jogo ao forte calor de Brasília na última segunda-feira. A verdade é que a Nigéria teve as melhores chances do primeiro tempo, mas não saiu gol. O primeiro tempo não teve muita emoção, no entanto as chances criadas foram dos africanos. O 0 a 0 foi mantido até a ida dos dois times para o intervalo. 
No segundo tempo a Nigéria teve chance de fazer 1 a 0 ainda no início de jogo, depois os africanos parece que cansaram, e a França começou a pressionar e tentar fazer gols. Em um jogo nervoso, e onde o calor afetou muito todos os 22 jogadores, viu Eneyama salvar a Nigéria. Nos últimos vinte minutos só deu ataque dos Les Bleus, e parecia que a França a qualquer momento abriria o marcador contra os africanos.  Mas o goleiro nigeriano falhou em um cruzamento e isso originou o primeiro gol francês, marcado pelo meia Pogba. Já nos acréscimos uma cobrança rápida de escanteio pegou  defesa africana de surpresa, e Yobo ao tentar cortar a bola meteu contra dentro da própria meta, e aumentou a derrota para 2 a 0. Não se iluda pelo placar, a vitória francesa foi complicada para acontecer, mas os Les Bleus avançaram, e agora aguardam Alemanha ou Argélia para a partida das quartas no Maracanã. 
A Nigéria se despede dignamente da Copa, e a França já classificada assiste de camarote a provável definição de um clássico europeu que extrapola a esfera esportiva contra a Alemanha no maior do mundo. Seria um jogo histórico, ficaremos na torcida!

Los chicos hicieron historia

Costa Rica e Grécia, o único jogo desta fase que não tinha nenhum grande time em um dos lados. As duas poderiam comemorar a façanha de chegar nas oitavas. No jogo do último domingo, dia 29 de junho, em Recife, as duas zebras e surpresas da primeira fase, tinham o que comemorar, e só um ia fazer história e superar a melhor campanha deles em Copas. No caso da Grécia eles já tinham a melhor campanha, já a Costa Rica poderia superar e chegar pela primeira vez nas quartas. O 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação levou a decisão para os pênaltis. 
Pela primeira vez neste Mundial os chicos eram favoritos do confronto, e entravam com um pouco de pressão por ganhar dos gregos. E o primeiro tempo começou a provar isso. A Grécia como em outros jogos quis se defender, e ia esperar a Costa Rica vir para em um contra-ataque marcar um gol. Era nítido que os europeus jogariam por uma bola. Mas nada da teoria que a imprensa imaginava para este confronto se confirmou. A Costa Rica que tem muitos jovens atletas em seu elenco, sentiram a pressão do favoritismo e sentiram medo de ir para a frente atacar. Os gregos resolveram tomar a iniciativa e tiveram as poucas chances de marcar o primeiro gol. O primeiro tempo foi chato, e sem graça, nenhum dos times merecia tirar o zero do placar porque criaram muito pouco, ou quase nada. 
No segundo tempo a Costa Rica resolveu atacar e mudar a história dos primeiros 45 minutos. E não demorou muito para los chicos abrirem o placar. Após jogada pela esquerda surgiu um passe para Brian Ruiz na direita, e ele de primeira surpreendeu o goleiro grego e fez 1 a 0. Repetindo o que os mexicanos fizeram mais cedo eles recuaram e a Grécia foi para acima, e já próximo do fim do jogo empatou com Sokrtis Papastathopoulos. O jogo ia para a prorrogação. Nos 30 minutos extras criaram muito pouco, mas a Grécia foi quem mais chegou perto de vencer o jogo. Mesmo assim a Costa Rica teve chance de liquidar e evitar a fatura sem ter de ir para os pênaltis. Mas os dois times não conseguiram e foram para a decisão dos tiros livres da marca do pênalti. As batidas de todo mundo foram boas, mas na última série, já na décima cobrança o grego bateu e Keylor Navas defendeu fazendo história para os costarriquenhos. 
Agora los chicos teriam a Laranja pela frente, era hora de curtir e aproveitar o Brasil, e comemorar o feito que já foi grande para o pequeno país do continente. seria muita pretensão deles acreditar que eliminar a Holanda seria possível. Dou os parabéns para a Costa Rica que fez história e se tornou a grande e simpática surpresa deste Mundial, que desfrutem os prováveis últimos dias de torneio, e que tentem pelo menos perder dignamente para a Holanda. No Caribe a festa não deve ter hora para acabar, ou será que terá? Saberemos nos próximos dias. 

Raça laranja em Fortaleza

Uma coisa que fica clara nos jogos desta Copa, é que nenhum jogo está decidido até o seu final. O calor também pode atrapalhar as principais seleções, que se poupam na primeira etapa, ou então não conseguem jogar em alto nível os 90 minutos. Emoção é o que não está faltando em campo. Os 2 a 1 da Holanda foi mais uma prova disso. 
No primeiro tempo o jogo foi todo do México. As principais chances foram dos mexicanos, que praticamente não foram ameaçados pelos holandeses. Robben não rendia nada, muito menos Sneijder. Se terminasse um a zero para o time de verde não seria nenhuma injustiça. Podemos atribuir o baixo rendimento holandês e as poucas chances do México apesar do domínio sobre os europeus ao calor das 13h da capital cearense. Os dois times foram para o intervalo com o zero a zero na primeira etapa do jogo. 
Logo nos primeiros minutos o jogo parecia que seria mexicano. Aos 3 minutos Giovanni dos Santos acertou um belo chute de fora da área, golaço, e México 1 a 0. Depois disso o time de Miguel Herrera recuou, e viu a Laranja europeia crescer e pressionar. Robben começou a entrar no jogo. Uchôa começou a repetir a atuação que teve contra o Brasil. Quando ele não pegava, a trave que salvava. A sorte parecia latina. No entanto, nos últimos minutos a Holanda era toda pressão, e chamada pelo adversário para o campo de ataque empatou com Sneijder. O chute na entrada da área foi proporcionado pelo rebote errado do goleiro do México. Pouco depois Robben fez uma jogada pela direita, e entrando na área foi derrubado. Huntelaar bateu e virou já nos acréscimos, e deu a vaga para os europeus.
O resultado premiou quem tentou vencer o jogo no segundo tempo, e castigou os mexicanos que preferiram abdicar de matar o jogo. Com isso podemos já colocar os holandeses na semifinal do Mundial, já que terão duas equipes inferiores aos latinos de verde como possíveis rivais nas quartas-de-final. Costa Rica e Grécia qualquer um dos dois deve comemorar a vaga nesta fase porque não deverão passar pela Laranja, que é bem mais time. Mas é bom termos cautela porque nessa Copa acontece de tudo. E hoje a raça laranja conseguiu rescrever a história deste duelo, e passou, não deixando espaço para zebra em Fortaleza. 

Mordida Colombiana!

A Colômbia foi o melhor ataque da primeira fase. O Uruguai com sua garra demonstrada na segunda e terceira rodadas da etapa de grupos, avançou em segundo e estava disposto a enfrentar novamente o Brasil em uma Copa realizada aqui. Mas eles teriam de superar a ausência de seu principal craque, Luis Suárez. Como se sabe ele foi suspenso pela FIFA por morder o zagueiro italiano Chiellini. E isso afetou muito a Celeste, que estava apática e perdeu por 2 a 0 no tempo normal. E este jogo consolidou James Rodriguez como artilheiro do Mundial de 2014 com cinco tentos. 
O Uruguai parecia que iria engrossar o jogo, e que superaria a ausência de seu principal jogador, mas após um bom começo, a Colômbia tomou conta do jogo, e com facilidade decidiu a partida. Logo no primeiro tempo os colombianos pressionavam os jogadores da Celeste, e não os deixavam atacar. Por volta dos 25 minutos do primeiro tempo James Rodriguéz fez o que é considerado o gol mais bonito deste mundial. A Colômbia tentou mais algumas chances, mas o goleiro uruguaio conseguiu impedir que o placar fosse mais elástico logo nos primeiros 45 minutos. 
No segundo tempo os colombianos mantiveram parte do ímpeto do primeiro tempo dispostos a liquidar logo a fatura. Em uma jogada bem trabalhada e com excelente toque de bola, a Colômbia chegou ao segundo tento. Novamente a troca de passes envolvente terminou em um passe da direita para dentro da área e James Rodriguéz fez seu segundo gol na partida. Depois disso a Colômbia não se esforçou muito e ficou tranquila no jogo, administrando o resultado até o fim. A raça uruguaia ainda tentou pelo menos diminuir a derrota, e reagir, mas não era a tarde deles. A eliminação precoce da celeste não chega a ser uma surpresa, mas os brasileiros adoraram. O Maracanã era todo torcida prol Colômbia. E claro, achávamos que eles seriam mais fáceis de derrotarmos que o Uruguai. 
Agora o Brasil pode se preparar para mais um jogo difícil, e que vai ter um dos grandes duelos até o momento: James Rodriguéz contra Neymar. Já o Uruguai pode culpar seu craque Suárez pela eliminação nas oitavas. Se ele estivesse em campo a história poderia ser outra, e a Celeste não teria jogado apática quase todos os 90 minutos. Agora os uruguaios viram o outro lado da mordida, e sentiram um adversário que mordeu com bola em campo, disposição e vontade de ganhar. E o resultado pode ser considerado um novo Maracanazo, dessa vez promovido pelos colombianos, e nos vingando pela derrota de 2 a 1 em 1950. Adíos, Uruguay!

Sofrimento antecipado

Foi a sexta decisão de pênaltis da história do futebol brasileiro, mas não achávamos que passaríamos por ela tão cedo. Normalmente vemos esses dramas nas quartas, semi, finais. Pela primeira vez o primeiro jogo das oitavas é decidido na marca dos pênaltis. E o que assustava os torcedores no último sábado, dia 28 de junho, era que o sufoco foi contra o modesto Chile. os chilenos não tem tradição no futebol, e nunca nos ganharam em Copas, não possuem títulos. A culpa do 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação foi causada pela péssima atuação brasileira ao longo dos 120 minutos. 
Vamos ao jogo agora. Os primeiros 25 minutos de jogo foram totalmente da seleção canarinho que imprensaram a equipe chilena não a deixando chegar perto da nossa defesa. Dessa maneira após cruzamento de Neymar, David Luiz fez seu primeiro gol com a camisa amarela. A fragilidade chilena nas bolas aéreas foi bem explorada no que resultou na abertura do placar pela nossa seleção. Depois Marcelo em uma cobrança equivocada de lateral mudou o cenário da partida. Quando ele arremessou a bola, Hulk tentou devolver para ele, mas deu nos pés do jogador chileno, que tocou para Alexis Sánchez, marcando assim o gol de empate. A partir daí a seleção não se acertou mais em campo, e viu o Chile quase fazer o segundo. 
Depois do intervalo, e ainda abalado pelo lance que originou a igualdade chilena no marcador, o Brasil até teve chance de estar na frente de novo, mas o juiz inglês Howard Webb anulou bem o gol. Hulk havia dominado com a mão. O Chile foi melhor na segunda etapa e teve chance de vencer o jogo, nosso goleiro foi santo, e salvou a gente. A consagração dele viria minutos mais tarde como se verá. O nosso atacante que era desacreditado por boa parte da torcida foi o melhor em campo, lutou, brigou, e podia ter dado a vitória para a gente. Mas Hulk estava azarado naquela tarde de sábado. Com poucos lances perigosos pela seleção chilena e pelo nosso time, o jogo foi para a prorrogação. 
Nos 30 minutos extras o jogo continuou tenso, e o Chile cresceu, quis vencer, o Brasil pouco ameaçou o gol de Bravo, e por isso a tensão pairava no ar. Quando o desenho dos pênaltis parecia bem ensaiado pelas duas equipes, o Chile quase decidiu tudo na prorrogação no último ataque do jogo. A bola chutada por Peniglia quase entrou, mas por nossa sorte a trave era brasileira e nos ajudou a manter a esperança da vaga nas quartas. Depois do susto a decisão foi para os pênaltis, e nosso goleiro salvou duas vezes. William e Hulk perderam as nossas batidas. E na última cobrança do Chile, a bola para nos deixar apreensivos, bateu na trave correu perto da linha e saiu em linha de fundo. Ufa, passamos! Agora é aguardar mais um duelo tenso com mais um time sul-americano, que será contra Colômbia ou Uruguai. A torcida era óbvia, queríamos a Colômbia no nosso caminho, um novo Maracanazo não iríamos aguentar. 

Os belgas podem mais!

Todo mundo aguardava um futebol leve e solto dos belgas, já que esta foi a marca deles nas eliminatórias do Mundial 2014. Essa boa geração dos Diabos Vermelhos, comandada pelo ex-jogador Marc Wilmots, tem jogadores de grande qualidade técnica, mas não parece que aquele futebol seria apresentado aqui nos nossos gramados. 
O jogo contra a Coreia do Sul em São Paulo continuou mostrando um futebol sonolento, e muitos podem usar a pressão sobre os jovens atletas como o principal motivo pra o baixo rendimento do time. Os belgas eram melhores que os sul-coreanos, mas o asiáticos quando tinham espaço tentavam encerrar sua campanha do Mundial com ao menos uma vitória. Só que havia um goleiro chamado Courtois no caminho deles, que pegava a bola coreana. Os diabos vermelhos estavam pressionados pela imprensa mundial pelas eliminatórias que fizeram e por isso talvez não tenham conseguido render tudo que deles se esperava. Mesmo assim criavam boas chances de gol, apesar de não mostrar aquele futebol ofensivo que se imaginava. O primeiro tempo terminou 0 a 0.
No segundo tempo a Bélgica ainda era pragmática e jogava apenas para manter o resultado, e como os coreanos tinham grandes deficiências, eles conseguiam sem esforço pressionar os asiáticos. No meio da etapa final o jogo melhorou de ritmo e os dois times pressionavam muito em busca do gol da vitória. A correria sul-coreana deu trabalho para os belgas, que viram os rivais da Ásia mandarem uma bola na trave. Como quase todos os jogos desta rodada do Mundial, a Bélgica conseguiu fazer um gol nos últimos quinze minutos, quando o goleiro Kim deu rebote nos pés do atacante Vertoogen. Em um contra-ataque eles por pouco não fazem 2 a 0, já que em busca do empate a Coreia do Sul deu espaços.
Agora para a Bélgica é tentar jogar tudo que sabe nas oitavas, e para os coreanos trabalhar pelos próximos quatro anos para ter um desempenho melhor no Mundial da Rússia. Já os belgas vão ter um determinado time americano pela frente.