O inferno astral do Palmeiras

Para o Palmeiras parece que 2012 ainda não acabou, ano que ainda causa pesadelos ao alviverde paulista. O time está em péssima situação na Taça Libertadores da América, e a salvação seria os dois jogos em casa que o time ainda terá pela frente, dos três que ainda restam. Por falar nisso, o maior torneio de cubes da América do Sul só trouxe problemas ao verdão, entre eles, a violência da sua torcida organizada no aeroporto de Buenos Aires. O time até ontem estava sem perder há onze jogos, sendo sete empates, e ontem não perdeu somente de goleada, perdeu também a vergonha e a dignidade. Não lembro até hoje de um time do interior paulista conseguir uma vitória de 6 a 2 contra um time grande, como a que o Mirassol conquistou ontem à noite. O time que teria de usar a temporada 2013 para se reestruturar como clube, e voltar à elite do nosso futebol, parece que não percebeu os diversos problemas que têm, entre eles, o de não ter um grande elenco. Se eu fosse palmeirense, trocaria a participação na Libertadores para ainda estar na Série A do Brasileirão. Novamente se cogitou e se falou sobre trocar o treinador alviverde, mas se esquece que o problema está na direção anterior do clube, no elenco que é muito fraco, o maior ídolo e craque que mais se lesiona e não joga. O vandalismo dos seus torcedores amedrontam qualquer atleta a aceitar o desafio de atuar pelo clube do Palestra Itália. A pressão exercida por esses "falsos" torcedores acaba gerando deixando as pernas dos jogadores mais pesadas que meia tonelada, e isso prejudica a Sociedade Esportiva Palmeiras demasiadamente. Este ano promete ser complicado para este grande do futebol brasileiro, e se não abrir olho, nem conseguirá subir para a primeira divisão do Brasileiro do ano que vem. Como diria um narrador: Que fase!

O novo cenário do futebol mundial

Estamos em 2013, e desde que a última Copa do Mundo foi realizada, muita coisa mudou no cenário do futebol mundial. Venezuela passou a brigar por vaga na Copa do Mundo, coisa com a qual os venezuelanos nunca sonhariam almejar; o Paraguai continua como lanterna das eliminatórias sul-americanas, uma surpresa, vide que os paraguaios não ficam fora de um Copa do Mundo desde 1998. Na Europa, as coisas estão mudando ainda mais. Portugal está em terceiro lugar em um grupo que tem: Rússia e Israel à frente dos portugueses. Como só o primeiro de cada um dos nove grupos alcançam a vaga para o Mundial do Brasil ano que vem, e os oito melhores segundos vão para a repescagem para buscar as quatro vagas restantes, eles estariam eliminados bem no início. E o destino é cruel, Espanha e França por estarem no mesmo grupo podem ficar de fora da Copa do Mundo. Com o empate com a Finlândia, a seleção espanhol, atual bicampeã europeia, e campeã do mundo, está em segundo lugar, atrás dos franceses, que venceram a Geórgia. Já imaginou os espanhóis fora de um mundial? Não consigo imaginar, por mais que queiram isso, desejo que os melhores venham para a Copa de 2014 em terras brasileiras. Seria muito bom dizer que fomos hexa contra as principais seleções do futebol mundial. Inglaterra está em segundo lugar de seu grupo, atrás de Montenegero, que pode chegar à uma Copa pela primeira vez desde que se separou da Sérvia, e da Iuguslávia. Ignoro a Copa de 2006, quando Sérvia e Montenegro formaram uma única seleção, e chegaram ao Mundial. A Bósnia, líder do seu grupo,  também está perto de entrar no cenário do futebol mundial. O que quase aconteceu há dois anos, quando perderam para Portugal na repescagem. Com isso a Grécia, presença frequente nos grandes torneios dos últimos dez anos, pode ser eliminada ainda nas eliminatórias. E que esqueceu da existência da Bélgica, devem ficar atentos, liderando o seu grupo ao lado da Croácia, os belgas podem voltar à uma Copa após doze anos. Como diriam alguns comentaristas, não existem mais bobos no futebol. 

O país que odeia técnicos

Se olharmos o futebol ao redor do mundo, perceberemos que nenhum país chega perto do Brasil em números de demissões de treinadores em uma temporada. Após a demissão do técnico do Flamengo, Dorival Júnior, demitido no último sábado, o Brasil em apenas três meses acumula mais de cem treinadores sem empregos em 2013. E olha que os principais torneios disputados neste início de ano eram a Libertadores e os estaduais. Segundo os dados retirados do blog do Bernardo Pombo, nos remete a duas perguntas clássicas, os estaduais importam tanto assim para levar a várias demissões? e por que, no Brasil, os técnicos não são valorizados? Na Europa há vários que estão por volta de vinte anos, ou mais de dez anos aproximadamente, à frente de um mesmo clube. Além disso, não há lugar no planeta que valorize mais o salário deste tipo de profissional, como o Brasil. Os técnicos aqui recebem mais que os europeus. Não há uma discrepância então, por que demitem tanto, e pagam tanto a eles? A nossa cultura, melhor, a cultura de nossos dirigentes não veem que o problema pode estar no elenco, e que treinador não faz milagre? Esta é uma questão que poderia ser repensada para mudar o futebol, aproveitando a Copa do Mundo que acontece em solo verde e amarelo no próximo ano.