Quem ganhará hoje o prêmio de melhor jogador da Fifa de 2013?

Balanço da Copa!

Venho hoje fazer meu balanço da Copa. Em termos de bola rolando, jogos, foi a melhor que já vi. Lembrando que este foi meu sexto mundial. Se tivermos grandes jogadas, gols, tivemos alguns fatos a lamentarmos também. Dois bons exemplos foram a mordida do atacante uruguaio Luis Suárez no zagueiro italiano Giorgio Chiellini e a entrada, ao meu ver maldosa de Zuñiga da Colômbia no nosso camisa 10 Neymar. E tivermos a invasão dos torcedores chilenos no jogo contra a Espanha dia 18 de junho. 
Sobre a segurança tenho um relato. Fui a seis jogos da Copa, cinco deles no Maracanã. E a segurança estava boa nos dois primeiros jogos que fui ao Maracanã. Os problemas de segurança foram bem longe de onde entrei. Nos jogos seguintes aumentaram muito o esquema em torno do estádio, principalmente na saída do metrô, permitindo que passassem apenas torcedores com ingressos. Dentro dos estádios nos primeiros jogos alguns alimentos e bebidas estavam em falta, e isso foi melhorado ao longo da competição. Não houve atrasos na maioria dos voos, e os aeroportos foram elogiados pelos turistas estrangeiros. Alguns meios de transporte em algumas sedes foram bem elogiados pelos menos. Como por exemplo o metrô do Rio de Janeiro. 
Vimos a maior média de públicos, e clima de animosidade entre os torcedores dentro das novas arenas. Vivenciamos jogos espetaculares, emocionantes até o último lance. E tivemos seleções que decepcionaram pelo que fizeram fora de campo. Camarões, Nigéria e Gana fizeram questão de premiações em espécie para entrar em campo, que feio!. No caso dos nigerianos como o presidente interferiu na federação de futebol do seu país, e pediu a demissão do presidente e outros funcionários. Com isso a Nigéria está proibida de jogar seja amistosos, ou torneios. 
Dentro de Campo, Itália conseguiu ser eliminada ainda na primeira fase com duas derrotas em três jogos. Segunda eliminação consecutiva antes das finais. Já a Espanha foi goleada na estreia por 5 a 1, e foi o campeão do mundo eliminado de forma mais precoce na história do torneio, na segunda rodada. A Inglaterra fez sua pior campanha em comparação às últimas quatro edições. E Costa Rica, Argélia e Colômbia fizeram suas melhores campanhas e chegaram no caso dos latinos às quartas pela primeira vez, e no caso dos africanos chegaram pela primeira às oitavas. E os chicos, como são conhecidos os costarriquenhos, se despediram de maneira invicta depois de passarem por um grupo tido como da more por todos. 
Por tudo isso que enumerei, e expus, a Copa foi bem organizada pelo Brasil, e deu uma senhora responsabilidade para os russos daqui a quatro anos. Já estamos com saudades do Mundial, mas a vida segue, e que venha o retorno do Brasileirão. 

Memória das Copas - Parte Final

Chega hoje o fim das curiosidades de todos os mundiais que tentei trazer para os leitores do meu blog ao longo destes dois últimos meses. Que venha a Rússia 2018, e curtam os últimos fatos que vocês não sabiam sobre todas as Copas.

- O Brasil é o primeiro anfitrião a ter a pior defesa da história das Copas. Foram 14 gols sofridos.

- O Brasil nunca havia perdido para a Alemanha em partidas oficiais, e perdeu desta vez.

- O Brasil perde pela primeira vez 3 vezes para um mesmo adversário em Mundiais. A Holanda foi o responsável pela estatística.

- Os 7 a 1 da Alemanha foi a pior derrota sofrida por um campeão mundial e da nossa seleção em casa.

- A média de gols foi a mesma da Copa de 1998. 171 gols em 64 jogos, média de 2,67 gols por jogo.

- Costa Rica, Colômbia e Argélia fizeram a melhor campanha deles em Mundiais. Os dois primeiros pela primeira vez chegaram às quartas. E Argélia pela primeira em 4 Copas passou da fase de grupos.

- Alemanha e Argentina é a final que mais aconteceu em Copas. Com a vitória alemã dia 13 de julho de 2014, agora são duas vitórias alemães contra uma argentina em três jogos.

- Esta foi a Copa com o maior número de prorrogações da história. Foram 8 em 16 jogos.

- O Brasil que somava apenas três derrotas em casa, sofreu duas somente neste Mundial.

- Esta foi uma das Copas com o menor número de faltas e com maior tempo de bola rolando em comparação com a África do Sul 2010 por exemplo.

A final das finais!

Depois de uma final sem graça, e a mais violenta da história das Copas, que foi o jogo entre espanhóis e holandeses na Copa 2010, a final da Copa das Copas teve a final das finais. Que jogão foi Alemanha e Argentina, o duelo decisivo que o bom e velho Maracanã merecia. E para coroar isso, a terceira prorrogação seguida, e novamente o detentor da taça conquistou o título no último tempo de bola rolando. Mario Gotze foi o autor do último gol da Copa, que deu aos alemães o tetracampeonato. 
A conquista alemã podemos colocar como ponto de partida a derrota em 2002 para o Brasil em uma mesma final de Mundial. A Alemanha viu seus erros depois deste fracasso e da decepção que foi a campanha na Euro 2000, com apenas um empate em três jogos, e reformulou a maneira de formar jogadores, e preparou uma geração vitoriosa desde 2006. E as chegadas nas finais de todos os campeonatos deste então provaram que o título era questão de tempo, como foi realmente. O jogo do último 13 de julho, a partida 64 da Copa, mostrou que os dois times queriam vencer no tempo normal. Nos primeiros 45 minutos chances claras de gol de ambos os times. A Argentina chegou até a abrir o marcador nos primeiros 15 minutos, mas foi bem anulado após a marcação de um impedimento. Os dois goleiros trabalharam bem na primeira etapa, o que veríamos no restante do duelo.
No segundo tempo Messi teve a melhor chance de gol da Argentina. Uma bola na trave foi a melhor chance de gol dos alemães. Romero e Neuer seguiam inspirados e dispostos a evitar o fim da Copa a qualquer custo, preço. Claro que com a proximidade do fim do tempo regulamentar o medo de errar e perder a final em poucos minutos, fizeram os dois times a se expor menos. E os alemães mostravam que estavam melhor fisicamente apesar de um desgaste maior de viagens para lá e para cá. E eles tiveram algumas chances mas não conseguiram marcar. 
Não tinha jeito, a prorrogação aconteceu mesmo, e a Argentina estava sem pernas. Messi não conseguia repetir atuações anteriores no campeonato, e a Argentina estava sem criatividade. A Alemanha nos primeiros 15 minutos do tempo extra não conseguiu abrir o marcador. E logo no início do último tempo de bola rolando, Mario Gotze recebeu cruzamento, dominou no peito e bateu pro gol sem deixar a bola cair, golaço. O jovem alemão parecia ser o nome do jogo. Os germânicos ainda teve uma chance de aumentar, mas não aproveitou. No último lance de jogo, Messi teve a chance de ser o herói da esperança hermana, mas bateu longe da meta alemã. Não deu, e a Alemanha conquistou o tetra. Messi como prêmio de consolação foi eleito o melhor jogador da Copa. 
Com isso a Alemanha repetiu o que Brasil e Itália conseguiram. ganhar o tetra 24 anos depois do Tri. A geração de ouro do futebol alemão vai em busca da primeira euro daqui a dois anos na França. Já a Argentina está no caminho certo para voltar à brilhar no futebol, e conquistar um título em breve. 

A morte do futebol brasileiro!

Podem enterrar, velar, sepultar o futebol brasileiro. Como os times do seu principal campeonato, agora a seleção brasileira está convalescente e precisa de ajuda urgente para ressuscitar. Isso foi constatado após mais uma derrota, desta vez o revés foi menos humilhante e não chocou tanto os torcedores do estádio em Brasília como os que foram no fracasso anterior diante dos alemães. Os 3 a 0 para a Holanda provou que nem a motivação para ter uma despedida menos feia foi suficiente para tentar disfarçar os problemas da equipe, e levar o time ao triunfo. Com este novo resultado adverso, Felipão foi demitido pelo presidente da CBF José Maria Marín. 
O jogo parecia que seria mais um capítulo da história: Vexames em casa. Com um minuto de jogo a Holanda estava na frente com um gol de pênalti. Deixava todos com a sensação de um novo 7 a 1. Apesar disso a torcida brasileira provou que está sempre com a seleção e ficou apoiando quase o jogo inteiro. Mas com 10 minutos a Holanda já estava com 2 a 0. Parecia que a goleada seria questão de tempo, porém ela não foi realizada. O Brasil chegou a tentar equilibrar o confronto, mas esbarrou em suas limitações, e os problemas técnicos de alguns jogadores, os principais. Lembrando que alguns jogadores tiveram chance de jogar pela primeira vez na Copa, como Maxwell, que entrou no lugar de Marcelo, e Jô, substituto de Fred. Fomos para o intervalo perdendo de 2 a 0. Nas alturas dos acontecimentos, uma vitória.
No segundo tempo o Brasil tentou da maneira que dava ir ao ataque, mas pouco ameaçava o goleiro holandês, que perto do fim do jogo foi substituído e o terceiro atleta da posição entrou, transformando a seleção holandesa no primeiro país em uma Copa a utilizar os 23 convocados. A Holanda que não estava muito afim de jogar o duelo pelo terceiro lugar, já que Louis Van Gaal, seu treinador reclamou da partida, não se esforçou muito, e mesmo assim chegou ao terceiro nos últimos quinze minutos. Se podemos dizer que os europeus não tinham razão para querer vencer o duelo, ledo engano, eles queriam terminar invictos a competição. E assim os fizeram com os 3 a 0. Com isso a Holanda faz mais uma boa campanha em Mundiais. E o Brasil precisa se reestruturar para ser respeitado novamente no esporte mais popular aqui e no mundo. 
Agora é começar do zero um novo trabalho para que possamos sonhar com resultados melhores a partir de 2018, é torcer, rezar e aguardar os anúncios das próximas semanas para ver se vão mudar a estrutura do futebol brasileiro. Que venha a Copa da Rússia, e que resgatem a vida do futebol brasileiro!

Messi mereceu a vitória!

Até as Oitavas do Mundial, Lionel Messi foi o grande nome da Argentina na Copa. Apesar do apagão graças à excelente marcação recebida no jogo das quartas conta a Bélgica, ele não produziu nada. E nesse jogo das semifinais contra a Holanda não foi diferente. A Holanda soube fechar bem os espaços e ele nada pode fazer para levar os hermanos à vitória no tempo normal. O jogo só foi decidido nos pênaltis porque nenhum dos dois soube a maneira de ganhar no tempo normal. O 0 a 0 foi bem justo para a falta de bola de argentinos e holandeses.
No primeiro tempo o jogo começou amarrado, os dois times não se expondo muito nos primeiros minutos, muitos erros de passe - algo que veríamos muito mais no segundo tempo -, chutes bem longe do gol, e nenhuma inspiração de quem poderia decidir a favor de algum dos times a vaga na final. Mesmo assim Messi teve chance em uma cobrança de falta que terminou com defesa do goleiro da Holanda. E assim como nesta chance todos os lances saiam de bolas paradas de ambos os times, seja de escanteio ou falta. Nas raras vezes que os europeus e sul-americanos ameaçavam os gols adversários, os dois arqueiros espalmavam, davam socos para a frente para evitar perigo de gol principalmente nos cruzamentos. As defesas que trabalhavam bem conseguiram forçar vários impedimentos.
Já na segunda etapa o pouco de nível técnico que vivenciamos na primeira metade de jogo, praticamente sumiu. Os times erravam passes, davam chutões, cruzamentos e outros fundamentos primordiais do futebol. Sem inspiração ambas as equipes demonstravam que não iriam se expor muito e que levariam o duelo para a prorrogação. Higuaín até que chegou a ter a melhor oportunidade de gol da partida, mas não acertou a meta holandesa. Minutos depois Robben entrou na área argentina e Mascherano foi preciso no corte do chute e evitou a melhor chance de acerto ao alvo por parte dos europeus. Por essas e outras o confronto decisivo foi para o tempo extra.
Os dois times mostrando que estavam cansados não conseguiram mostrar muito mais em campo, e pareciam aguardar a chegada dos pênaltis. Mas entre os dois a Holanda estava melhor fisicamente que os rivais e parecia que se alguém decidisse antes das penalidades, e criava algumas boas chances mas sem muito perigo para o goleiro hermano. Sem gols o jogo foi para a decisão dos tiros livres da marca do pênalti. E nesta decisão Romero, um goleiro se é não brilhante e melhor que outros da posição neste mundial, se tornou o herói da vaga da final por parte dos argentinos pegando duas cobranças. Com isso depois de 24 anos eles voltavam à uma final.
Agora Robben vai para Brasília decidir o terceiro lugar e Messi e sua turma vão para o Maracanã tentar evitar o tetra alemão, e com status de zebra e surpresa para esta partida final da Copa. Aguardemos este jogão!

Por que fomos humilhados pela Alemanha?

7 a 1, nenhum alemão e brasileiro previa este placar na primeira semifinal da Copa do Mundo 2014 no Mineirão. A cidade de Belo Horizonte assistiu a maior e humilhante derrota de nossa história centenária no futebol. Com o resultado não apenas perdemos a vaga na final de um Mundial em casa, mas perdemos o orgulho do esporte que nos dava mais alegria ao logo desses cem anos. Muitos falaram e tentaram explicar essa goleada humilhante como um apagão de seis minutos, mas na verdade o motivo pela derrota está muito além disso.
O recente fracasso do Atlético Mineiro no Mundial de Clubes perdendo para o Raja Casablanca do Marrocos, o fiasco dos times brasileiros na Libertadores desse ano, e voltando mais um pouco no tempo, podemos incluir nessa goleada a eliminação do Brasil nas quartas da Copa América diante do Paraguai, e porque não os 8 a 0 sofridos pelo Santos perante o Barcelona. Esses reveses eram sinais claros de que algo estava muito errado no nosso futebol. E os problemas vêm desde os nossos dirigentes que não reformulam todas as questões relacionadas aos nossos campeonatos, e aos nossos treinadores que não se reciclam e se mantém com as mesmas ideias de décadas atrás quando obtiveram êxitos e ganhando títulos. 
A nossa seleção estava sem dois dos principais jogadores: Thiago Silva e Neymar, e antes do jogo da terça passada foi criada um cenário de terra arrasada que insinuava a morte do nosso camisa 10, e ele havia apenas tido um problema na coluna. Com dez minutos de jogo uma bobeira na nossa marcação vimos a Alemanha abrir o placar. Logo depois o que se viu não foi uma pane, talvez um time atônito, sem saber como reverteria a derrota parcial de 1 a 0, e levou mais 4 gols em 4 minutos. Isso mesmo, com 29 minutos de jogo no primeiro tempo estava 5 a 0 Alemanha. O Brasil sem organização tentava partir para o ataque e era desarmado facilmente pelos atletas alemães. O primeiro tempo chegou ao fim e restava a dúvida, o que fazer quando estamos perdendo de goleada ainda na primeira metade de jogo? 
Nos últimos 45 minutos o time europeu claramente diminuiu o ritmo, e mesmo assim chegou a fazer mais dois gols, sendo o sétimo um golaço. E nosso melhor jogador em campo nessa desastrosa exibição, Oscar, fez nosso gol de honra. Na zona mista nenhum jogador sabia o que dizer sobre esta maneira de perder, e o técnico brasileiro junto ao coordenador técnico pareciam viver num mundo paralelo ao real. Eles acharam que poderiam ter diminuído o placar e ter empatado o jogo, e não soube admitir sua péssima formação para esta semifinal. Para os alemães valeu como um treino para a grande final no Maracanã. 
O diagnóstico do maior vexame do nosso futebol era claro: precisamos ver os treinadores viajando ao exterior e aprenderem lá fora novas maneiras de jogar, novos conceitos técnicos e táticos. E aos nossos clubes focar nas divisões trabalho visando uma melhor formação dos nossos jogadores. Podemos aprender muito com o trabalho feito pela Alemanha desde 2006, e começar a mudar a pensar no futebol como um jogo de resultados, e saber trabalhar a longo prazo, isso é, planejar um bom resultado para ser colhido seis, sete anos depois. Eles souberam aprender com as derrotas e ficarem perto de coroar essa geração com o tetra mundial. Se vai dar certo, é outra história, mas isso é o de menos. Vamos nos reerguer, Brasil!

Frieza holandesa!

A Holanda era muito mais time que a Costa Rica, isso ninguém duvida. Os chicos já haviam surpreendido e chegado longe demais, ninguém contrariava esse discurso. O que ninguém esperava é que em 120 minutos a Laranja europeia não furasse a defesa caribenha. O jogo foi para os pênaltis, e com isso o goleiro Tim Krul salvou o time holandês pegando duas cobranças. Depois de 0 a 0 no tempo normal, Holanda 4 x 3 nos pênaltis, não sendo necessária a quinta cobrança do time europeu. 
O primeiro tempo mostrou que teríamos o pior jogo das quartas. Nenhum dos times quis se expor muito, e pouco chute ao gol aconteceu ao longo dos 45 minutos. A Costa Rica entrou com uma postura bem defensiva, como de quem quisesse uma bola para decidir no tempo normal, ou de levar o jogo para os pênaltis. E time que entra meio que derrotado, assumindo sua inferioridade acaba se ferrando. Jogo bom é quando os dois lados buscam o ataque e ganhar o jogo. Após uma primeira etapa sem graça, o 0 a 0 do primeiro tempo justo. 
Já no segundo tempo a Holanda mostrou sua força e foi em busca de abrir o placar e conseguir a vitória no tempo normal. No entanto o goleiro costarriquenho Keylor Navas estava disposto a evitar a derrota tão cedo. Nas raras vezes que o time caribenho conseguia ir pra frente, ameaçava e obrigou o goleiro holandês a uma grande defesa. Sem desespero a Laranja tentou o gol e não conseguia furar o muro dos chicos. Quando não parava nas mãos do arqueiro Navas, a bola batia caprichosamente na trave ou um zagueiro estava na linha do gol para evitar que a rede fosse balançada. Sem conseguir furar o bloqueio e com o adversário quase fazendo o gol no último lance dos 90 minutos, a Holanda foi com o 0 a 0. E a Costa Rica estava heroica, e ao mesmo tempo nos decepcionava, pois fez o antijogo, não quis que a Holanda jogasse. Levar para a prorrogação já foi mais uma vitória e um grande feito para eles. 
Nos 30 minutos extras a Holanda aumentou para três suas bolas na trave. A Costa Rica teve duas chances para fazer história, mas não conseguiu. A Cosa Rica conseguiu o que queria, e levou para os pênaltis. E para esta disputa Louis Van Gaal tinha um coelho na cartola. A terceira substituição foi deixada pra o fim do tempo extra, e ele colocou um novo goleiro, que seria especialista em penalidades. O jeito marrento, e desestabilizador de Tim Krul, além do seu tamanho, deram certo. E assim com duas defesas eles garantiu a Holanda em mais uma semifinal, a terceira em quatro copas jogadas. 
Agora a missão da Laranja é parar Messi e companhia. E veremos em São Paulo um grande duelo: Robben x La pulguita. Um dos dois será nosso provável rival na final. Mais a Costa Rica tem que sair feliz, nunca haviam obtido um resultado tão grandioso em um evento futebolístico como este ano. Temos que parabenizar eles pela garra, e pelos feitos, e sair satisfeito por ter feito cinco jogos e não ter perdido nenhum. Agora é esperar as semifinais que prometem muito. Haja emoção!

A decepcionante eliminação belga

Na Europa se falava muito desta nova geração belga por tudo que ela fez nas eliminatórias do Mundial 2014. No decorrer do torneio eles não jogaram bem, atuaram apenas pelos resultados, e assim mantiveram seus 100% de aproveitamento. E depois da atuação contra a seleção norte-americana, a melhor deles neste campeonato, imaginávamos que os belgas dariam muito trabalho, e que poderiam eliminar nos hermanos. Mas assim como no jogo entre Alemanha e França, a Argentina marcou um gol no começo e segurou o resultado até o fim. 
No primeiro tempo a Bélgica não ameaçou. Mais uma vez questionaram o horário do jogo em Brasília. O calor das 13h era mais um adversários dos 22 jogadores em campo. E esses fatores indicavam que quem abrisse o placar sairia com os 3 pontos e a vaga nas semifinais. Higuain, jogador que estava apagado e não havia jogado bem na Copa, recebeu uma bola na entrada da área, e no descuido da defesa belga, chutou de primeira e abriu o placar, marcando o seu primeiro tento no Mundial. A Argentina administrou o placar até o intervalo, e sem ser ameaçado foi para os 15 minutos de pausa com a vantagem de 1 a 0. 
No segundo tempo a Argentina ia pouco ao ataque, não precisou de muito futebol para superar os Diabos Vermelhos. nas poucas vezes que chegava no contra-ataque a bola parava nas mãos de Courtois. A Bélgica parecia  conformada com a campanha e parecia aceitar a derrota de 1 a 0. Seria medo de não levar uma goleada? Não, era o desgaste pelo jogo sob forte calor. O time europeu quis se poupar e tentar o empate nos dez minutos finais, como a França havia feito com a Alemanha um dia antes. A maioria das chances era na bola aérea, mas não deu. O jogo foi sem graça, sem emoção, não teve uma grande superioridade de um dos lados. E o jogo terminou mesmo com a vitória argentina por 1 a 0.
Com isso depois de 24 anos os hermanos voltavam à uma semifinal de Copa do Mundo. A última vez que eles conseguiram isso foi em 1990 quando perderam a final da Copa da Itália para a Alemanha. Agora eles vão aguardar de camarote a definição do último semifinalista no jogo entre Holanda e Costa Rica. E a Bélgica que decepcionou pela postura em campo neste dia, agora se prepara para a Euro 2016 e a Copa do Mundo de 2018.  Os Diabos vermelhos deixam este Mundial com a sensação de que poderiam ter feito muito mais no Brasil deveram muito, esta foi a grande decepção da fase final da Copa. 

Os dois sentimentos da vitória

Sofremos menos, bem menos, passamos, ganhamos o jogo, mas perdemos o nosso craque com uma lesão na terceira vertebra lombar. Neymar levou uma joelhada nas costas e assim ficou de fora dos dois últimos jogos da nossa seleção neste Mundial. O lance maldoso do jogador colombiano Zuñiga ofuscou o nosso triunfo por 2 a 1. 
A seleção brasileira já mostrou no início de jogo que aquela partida seria bem diferente em relação à de sábado passado quando sofremos até a última cobrança de pênalti para comemorar a passagem de fase. O time estava muito ligado, vibrando e buscando desarmar qualquer ataque que seja. E com isso sentimos que a vitória viria, e com facilidade. Até vinte minutos do primeiro tempo não vimos nossos rivais passando do meio de campo. Só dava Brasil. E Neymar em uma cobrança de escanteio aos 17 minutos que terminou com o toque livre de Thiago Silva o 1 a 0 a nosso favor. Voltava o filme do jogo anterior, quando também abrimos o placar cedo, e depois sofremos. Mas o roteiro dessa vez seria bem diferente. O time jogava bem e criava boas chances, e a Colômbia começou a atacar mais para os cinco minutos finais. Nada que nos assustasse. James Rodriguez estava sumido em campo. Por causa disso fomos com a vantagem para o intervalo.
No segundo tempo nosso time caiu de rendimento, e viu os jogadores colombianos melhorando no jogo, e criando chances mas sem grande preocupação. A defesa conseguia cortar as bolas, ou os chutes iam para fora. Quando ia ao gol, Julio Cesar pegava. O Brasil não estava bem, porém quando o juiz aos vinte minutos marcou uma falta sobre o Neymar, David Luiz fez um golaço, com uma bola que fez muita curva, pegou efeito, e nos tranquilizava. Mas a Coômbia a esta altura buscava apenas diminuir o mais rápido possível, e sabendo que a vaga estava mais na nossa mão. Mas Julio Cesar em uma saída imprudente fez pênalti, e deu a James Rodriguez, e a Colômbia mais um gol. Uma observação sobre o lance, era para o nosso goleiro ter sido expulso. Graças à uma bobeira da nossa zaga colocamos os colombianos no jogo de novo, e vimos a tensão de novo, pelo menos dessa vez ela durou pouco tempo. 
O jogo terminou 2 a 1 para o Brasil de Felipão. Já no final perdemos o Neymar, isso que alterou o nosso sentimento em relação à vaga nas semifinais. A dor e tristeza tomaram conta de 200 milhões de brasileiros, e isso obrigará o Felipão a pensar em uma alternativa urgente para o jogo contra a forte equipe alemã, depois de amanhã, em Belo Horizonte. Agora é respirar fundo, usar a garra para vencermos os dois próximos jogos e trazer o hexa, melhor deixar o hexa aqui mesmo. 

Cabeça nas semifinais

Todos esperavam uma grande partida entre alemães e franceses abrindo a fase de quartas-de-final, mas o calor nitidamente afetou o bom desempenho dos jogadores de ambos os times. o jogo tecnicamente não foi bom, e era claro que quem fizesse o 1 a 0 sairia do Maracanã com a vaga nas semifinais. E quem conseguiu com menos de 20 minutos de jogo foi a Alemanha, que pela quarta vez consecutiva chega entre os quatro melhores do Mundial. 
O primeiro tempo não foi brilhante, longe disso. Os dois times criaram pouco, e em uma jogada de bola parada saiu da cabeça de Hummels o primeiro tento da partida. A França tentou duas, três vezes a igualdade, mas não conseguiu. Os dois goleiros pouco foram exigidos na primeira metade do duelo. Quem esperava que a bola nas redes incendiasse e fizesse sair faísca deste embate, se decepcionou. Benzema quase não foi notado em campo nos primeiros minutos. Com o 1 a 0 a seu favor, e os Les Bleus pouco ameaçando, os alemães foram confortáveis para o vestiário, sabendo que sua força defensiva deveria segurar a vantagem por apenas mais 45 minutos. 
No segundo tempo a Alemanha criou ao menos três boas chances de matar o jogo. Tudo isso causado por espaços dados pela equipe francesa. Os Les Bleus tentaram empatar o confronto, mas não fizeram o que chamamos de pressão para o adversário. Talvez pelo calor, a França não quisesse se expor muito, e quisesse guardar o abafa final para os últimos 10 minutos. E foi isso que aconteceu. O time francês passou a pressionar em busca do empate e não conseguiu. Na última grande chance já próximo dos acréscimos pararam nas mãos de Neuer. Com isso foi 1 a 0 para a seleção germânica mesmo, e eles chegam a sua quarta semifinal seguida. Desde 2002 eles conseguem alcançar esta fase. Já a França parou onde imaginavam que iriam morrer mesmo neste Mundial, e agora vão concentrar suas forcas e preparação para a Eurocopa, que vão sediar em 2016,e para o Mundial da Rússia em 2018. 
E depois desse jogo espero que a FIFA reveja seu critério para a escolha dos horários dos jogos do evento esportivo em lugares que se saiba que são muito quentes, como o Qatar em 2022, porque isso é claro atrapalha o espetáculo. Os jogadores europeus sofreram muito em campo, e por isso se pouparam a maior parte do jogo.

A queda do santo Tim Howard!

Finalmente a Bélgica jogou o que dela se esperava. No último jogo das oitavas-de-final vimos a maior atuação de um goleiro na história de um mundial. Tim Howard, goleiro dos Estados Unidos, fez 16 defesas importantes e que evitou uma goleada belga em Salvador, cidade que mais gols foram feitos nesta Copa. A vitória dos Diabos Vermelhos só saiu na prorrogação, e foi pelo placar de 2 a 1. 
O jogo todo foi dominado pela Bélgica, mas no primeiro tempo eles ainda fizeram um jogo estudado com os Estados Unidos, com poucas chances de gol. Os dois times criaram algumas chances, no entanto não conseguiram abrir o placar. Courtois pouco trabalhou, a forte marcação belga impedia que os jogadores americanos chegassem com perigo na área deles. Mais uma vez duas seleções foram com o 0 a 0 para o intervalo. 
Já no segundo tempo o que se viu foi um grande bombardeio belga ao gol norte-americano, e em uma noite inspirada o goleiro Howard pegava de todo jeito as bolas em direção à sua meta. Não importava se a redonda vinha do meio, da direita, da esquerda, da cabeça, dos pés do adversário, a bola era espalmada pelas mãos dele. Se ele não tivesse inspirado, o jogo estaria uns 3 a 0 Bélgica. Eram 30 finalizações dos Diabos Vermelhos, contra apenas 6 dos norte-americanos. Mas a última chance clara antes dos 30 minutos extras, foi dos Estados Unidos, quando o atacante Wondolowski perdeu um tento feito. O treinador Jurgen Klismann ffez cara de perplexo com o lance desperdiçado pelo seu atleta. Como não saiu gol, o jogo foi o quinto a ir para a prorrogação neste Mundial. 
No tempo extra a entrada do atacante Lukaku, que antes da briga com o técnico Marc Wilmots era titular, entrou e em um jogada individual serviu o companheiro De Bruyne para abrir o placar aos 3 minutos. No fim do primeiro tempo da prorrogação, Lukaku chutou forte e fez 2 a 0. Finalmente quebraram o muro do Tio Sam. Quando o jogo parecia decidido os Estados Unidos diminuíram, provando que nenhum jogo acaba antes do juiz apitar seu fim. Nos últimos três minutos eles ainda tentaram chuveirinho na área, mas aí a defesa belga conseguiu salvar e impedir o empate americano. E assim acabou: 2 a 1 para a Bélgica. 
Agora a missão dos Diabos Vermelhos é parar Messi e companhia, em um dos jogos mais esperados da próxima fase, ao lado de França e Alemanha. Já os Estados Unidos resistiram bravamente, e seguraram o 0 a 0 por 93 minutos. E com o aumento do gosto pelo futebol lá na terra do Tio Sam, podemos ter daqui a uns anos um grande time norte-americano que vá disputar um título, mas por ora eles já fizeram um bom papel e podem voltar para casa. 

Messi e trave salvam a Argentina

Quando o jogo está difícil, chama o Messi. É assim que anda trabalhando o time argentino comandado por Alejandro Sabella. Nos uqatro jogos até agora o baixinho hermano desequilibrou e ajudou a a Argentina a vencer, e desta vez não foi diferente. O 1 a 0 sobre os suíços foi mais uma prova disso. 
Pela primeira vez neste Mundial a Suíça resolveu jogar na defesa. O medo dos argentinos, principalmente de um tal de Messi, fez com que eles jogassem como no passado em busca de uma bola apenas. O goleiro Benaglio provou no primeiro tempo que seria o nome do jogo. A calma hermana se manteve os 120 minutos, isso porque o jogo foi mais um confronto das oitavas a ir para a prorrogação. E os europeus quando chegavam no ataque ficavam perto de fazer o gol. Romero teve que trabalhar nos primeiros 45 minutos. Shaqiri quando teve a melhor chance do jogo na primeira etapa tentou uma cavadinha e perdeu  o gol. O primeiro tempo ficou por isso mesmo, e não teve gol. 
No segundo tempo a Argentina foi para a frente, e Benaglio e os zagueiros da seleção europeia novamente impediram que os sul-americanos abrissem o placar. Em um lance de bola parada quase os suíços abriram o placar, mas a redonda parou nas mãos do goleiro argentino na defesa de dois tempos. Em nenhum momento do tempo normal o time de Sabella não se desesperou por fazer a rede balançar. Di Maria teve mais uma oportunidade e chutou em cima do goleiro Benaglio. Devido ao arqueiro europeu ter feito grandes defesas, o jogo foi para a prorrogação já que seguia empatado em 0 a 0. 
No tempo extra a Argentina continuou pressionando e não conseguiu fazer um tento nos primeiros quinze minutos. A Suíça estava conseguindo marcar muito bem o Messi. Parecia que desta vez ele não salvaria a vida dos argentinos. Mas no descuido que os europeus deram aos 12 minutos do tempo extra, Messi arrancou, tocou na direita e Di Maria, melhor jogador em campo, fez o gol salvador, ou o que consideravam que seria o gol salvador. Isso porque ainda deu tempo em um dos poucos ataques da Suíça o jogador de vermelho ter mandado na trave, batido nele na volta e saído na linha de fundo. Uma falta ainda poderia ter mudado o placar da partida, mas a bola foi para fora, e o árbitro apitou o fim do confronto e a Argentina pode comemorar a ida às quartas. 
Agora era aguardar quem eles enfrentariam na próxima fase:Bélgica ou Estados Unidos. E depois da experiência desta terça-feira, duvido que eles achem que a próxima partida será fácil, ou arriscarão dizer que é moleza passar por belgas ou norte-ameircanos? 

Não está fácil pra ninguém!

Todos apostavam que a Alemanha fosse ganhar de goleada da surpresa argelina. Mas os africanos queriam repetir a história da Copa de 32 anos antes, quando derrotaram os alemães por 2 a 1 na estreia de ambas as seleções na primeira fase daquela Copa. O sistema defensivo argelino funcionou e com isso dificultou as jogadas alemães. Só na prorrogação que a Alemanha conseguiu furar a retranca da Argélia, e com isso ela venceu por 2 a 1. Isso mesmo os alemães fizeram dois, e ainda levaram um nos 30 minutos finais de partida. 
A Alemanha e a Argélia não fizeram muita coisa nos dez minutos iniciais do primeiro tempo. estava difícil para a equipe germânica entrar na defesa africana nos primeiros minutos, e os africanos quando tinham espaço iam pra frente e buscavam o gol. As saídas com os pés do goleiro alemão foram fundamentais  no primeiro tempo, e no resto do jogo para que o gol africano não saísse. No segundo tempo e na prorrogação isso ficou mais evidente. Do argelino o goleiro usava as mãos para afetar o perigo. Era um bom primeiro tempo, com espaço e chances para os dois lados. A frieza e calma alemã continuava no gramado de Porto Alegre, e esperavam com muita paciência a hora de fazer o primeiro gol. O goleiro argelino era o principal responsável pelo 1 a 0 não ter pintado nos primeiros 45 minutos. Era um bom jogo, mas com superioridade germânica. Assim os dois times foram com o 0 a 0 para o intervalo. 
No segundo tempo a superioridade germânica era nítida, e eles criavam muitas chances que na maioria das vezes terminava com a defesa do goleiro africano. Mesmo com dificuldades para fazer o placar, os alemães mantinham a calma, não de desesperavam, e trabalhavam para quando desse vencer o jogo. Mas tinha do outro lado um adversário perigosíssimo no contra-ataque, que assustava a seleção europeia. Como nenhum dos dois países conseguiu balançar a rede adversária, o jogo foi para ser decidido na prorrogação. 
No início do tempo extra Schurle, que entrou no segundo tempo do tempo normal, fez o primeiro gol, e deu mais tranquilidade para a equipe europeia. O time africano se abateu com o gol, e criou uma chance para empatar mas não conseguiu. Nos últimos quatro minutos finais ainda teve tempo para mais dois gols e muita emoção. A Alemanha com Ozil fez o segundo, e no último minuto a Argélia diminuiu e tentou fazer um milagre, mas não deu para os bravos guerreiros africanos. De todos os países eliminados nesta fase, é quem mais sai de cabeça erguida por fazer jogo duro com os alemães, favoritos ao tetracampeonato. 
Com este resultado vamos ter um grande clássico europeu no gigante Maracanã: França x Alemanha. E esta primeira fase do mata-mata prova que não está fácil para ninguém, e que até uma desacreditada Argélia pode fazer jogo duro com a Alemanha. Que Copa é essa amigos, muita emoção, adrenalina, drama até o fim dos jogos. E ainda tem muito mais até o dia 13 de julho!

Valeu, Nigéria!

Quando se olha França e Nigéria, quem você aponta como provável vencedor do jogo? Claro, os Les Bleus, mas eles suaram para derrotar os nigerianos. Mais uma seleção grande que suava para passar para as quartas. Os franceses conseguiram a vaga no final do jogo. Os africanos antes desse jogo protagonizaram mais uma briga entre atletas e federação pela premiação, no caso deles o desejo era a antecipação para a fase final, e com ou sem o dinheiro eles fizeram bonito, e quase levaram para a prorrogação. 
No primeiro tempo os nigerianos não deixaram a França jogar. Há quem atribua o baixo rendimento francês na primeira metade de jogo ao forte calor de Brasília na última segunda-feira. A verdade é que a Nigéria teve as melhores chances do primeiro tempo, mas não saiu gol. O primeiro tempo não teve muita emoção, no entanto as chances criadas foram dos africanos. O 0 a 0 foi mantido até a ida dos dois times para o intervalo. 
No segundo tempo a Nigéria teve chance de fazer 1 a 0 ainda no início de jogo, depois os africanos parece que cansaram, e a França começou a pressionar e tentar fazer gols. Em um jogo nervoso, e onde o calor afetou muito todos os 22 jogadores, viu Eneyama salvar a Nigéria. Nos últimos vinte minutos só deu ataque dos Les Bleus, e parecia que a França a qualquer momento abriria o marcador contra os africanos.  Mas o goleiro nigeriano falhou em um cruzamento e isso originou o primeiro gol francês, marcado pelo meia Pogba. Já nos acréscimos uma cobrança rápida de escanteio pegou  defesa africana de surpresa, e Yobo ao tentar cortar a bola meteu contra dentro da própria meta, e aumentou a derrota para 2 a 0. Não se iluda pelo placar, a vitória francesa foi complicada para acontecer, mas os Les Bleus avançaram, e agora aguardam Alemanha ou Argélia para a partida das quartas no Maracanã. 
A Nigéria se despede dignamente da Copa, e a França já classificada assiste de camarote a provável definição de um clássico europeu que extrapola a esfera esportiva contra a Alemanha no maior do mundo. Seria um jogo histórico, ficaremos na torcida!

Los chicos hicieron historia

Costa Rica e Grécia, o único jogo desta fase que não tinha nenhum grande time em um dos lados. As duas poderiam comemorar a façanha de chegar nas oitavas. No jogo do último domingo, dia 29 de junho, em Recife, as duas zebras e surpresas da primeira fase, tinham o que comemorar, e só um ia fazer história e superar a melhor campanha deles em Copas. No caso da Grécia eles já tinham a melhor campanha, já a Costa Rica poderia superar e chegar pela primeira vez nas quartas. O 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação levou a decisão para os pênaltis. 
Pela primeira vez neste Mundial os chicos eram favoritos do confronto, e entravam com um pouco de pressão por ganhar dos gregos. E o primeiro tempo começou a provar isso. A Grécia como em outros jogos quis se defender, e ia esperar a Costa Rica vir para em um contra-ataque marcar um gol. Era nítido que os europeus jogariam por uma bola. Mas nada da teoria que a imprensa imaginava para este confronto se confirmou. A Costa Rica que tem muitos jovens atletas em seu elenco, sentiram a pressão do favoritismo e sentiram medo de ir para a frente atacar. Os gregos resolveram tomar a iniciativa e tiveram as poucas chances de marcar o primeiro gol. O primeiro tempo foi chato, e sem graça, nenhum dos times merecia tirar o zero do placar porque criaram muito pouco, ou quase nada. 
No segundo tempo a Costa Rica resolveu atacar e mudar a história dos primeiros 45 minutos. E não demorou muito para los chicos abrirem o placar. Após jogada pela esquerda surgiu um passe para Brian Ruiz na direita, e ele de primeira surpreendeu o goleiro grego e fez 1 a 0. Repetindo o que os mexicanos fizeram mais cedo eles recuaram e a Grécia foi para acima, e já próximo do fim do jogo empatou com Sokrtis Papastathopoulos. O jogo ia para a prorrogação. Nos 30 minutos extras criaram muito pouco, mas a Grécia foi quem mais chegou perto de vencer o jogo. Mesmo assim a Costa Rica teve chance de liquidar e evitar a fatura sem ter de ir para os pênaltis. Mas os dois times não conseguiram e foram para a decisão dos tiros livres da marca do pênalti. As batidas de todo mundo foram boas, mas na última série, já na décima cobrança o grego bateu e Keylor Navas defendeu fazendo história para os costarriquenhos. 
Agora los chicos teriam a Laranja pela frente, era hora de curtir e aproveitar o Brasil, e comemorar o feito que já foi grande para o pequeno país do continente. seria muita pretensão deles acreditar que eliminar a Holanda seria possível. Dou os parabéns para a Costa Rica que fez história e se tornou a grande e simpática surpresa deste Mundial, que desfrutem os prováveis últimos dias de torneio, e que tentem pelo menos perder dignamente para a Holanda. No Caribe a festa não deve ter hora para acabar, ou será que terá? Saberemos nos próximos dias. 

Raça laranja em Fortaleza

Uma coisa que fica clara nos jogos desta Copa, é que nenhum jogo está decidido até o seu final. O calor também pode atrapalhar as principais seleções, que se poupam na primeira etapa, ou então não conseguem jogar em alto nível os 90 minutos. Emoção é o que não está faltando em campo. Os 2 a 1 da Holanda foi mais uma prova disso. 
No primeiro tempo o jogo foi todo do México. As principais chances foram dos mexicanos, que praticamente não foram ameaçados pelos holandeses. Robben não rendia nada, muito menos Sneijder. Se terminasse um a zero para o time de verde não seria nenhuma injustiça. Podemos atribuir o baixo rendimento holandês e as poucas chances do México apesar do domínio sobre os europeus ao calor das 13h da capital cearense. Os dois times foram para o intervalo com o zero a zero na primeira etapa do jogo. 
Logo nos primeiros minutos o jogo parecia que seria mexicano. Aos 3 minutos Giovanni dos Santos acertou um belo chute de fora da área, golaço, e México 1 a 0. Depois disso o time de Miguel Herrera recuou, e viu a Laranja europeia crescer e pressionar. Robben começou a entrar no jogo. Uchôa começou a repetir a atuação que teve contra o Brasil. Quando ele não pegava, a trave que salvava. A sorte parecia latina. No entanto, nos últimos minutos a Holanda era toda pressão, e chamada pelo adversário para o campo de ataque empatou com Sneijder. O chute na entrada da área foi proporcionado pelo rebote errado do goleiro do México. Pouco depois Robben fez uma jogada pela direita, e entrando na área foi derrubado. Huntelaar bateu e virou já nos acréscimos, e deu a vaga para os europeus.
O resultado premiou quem tentou vencer o jogo no segundo tempo, e castigou os mexicanos que preferiram abdicar de matar o jogo. Com isso podemos já colocar os holandeses na semifinal do Mundial, já que terão duas equipes inferiores aos latinos de verde como possíveis rivais nas quartas-de-final. Costa Rica e Grécia qualquer um dos dois deve comemorar a vaga nesta fase porque não deverão passar pela Laranja, que é bem mais time. Mas é bom termos cautela porque nessa Copa acontece de tudo. E hoje a raça laranja conseguiu rescrever a história deste duelo, e passou, não deixando espaço para zebra em Fortaleza. 

Mordida Colombiana!

A Colômbia foi o melhor ataque da primeira fase. O Uruguai com sua garra demonstrada na segunda e terceira rodadas da etapa de grupos, avançou em segundo e estava disposto a enfrentar novamente o Brasil em uma Copa realizada aqui. Mas eles teriam de superar a ausência de seu principal craque, Luis Suárez. Como se sabe ele foi suspenso pela FIFA por morder o zagueiro italiano Chiellini. E isso afetou muito a Celeste, que estava apática e perdeu por 2 a 0 no tempo normal. E este jogo consolidou James Rodriguez como artilheiro do Mundial de 2014 com cinco tentos. 
O Uruguai parecia que iria engrossar o jogo, e que superaria a ausência de seu principal jogador, mas após um bom começo, a Colômbia tomou conta do jogo, e com facilidade decidiu a partida. Logo no primeiro tempo os colombianos pressionavam os jogadores da Celeste, e não os deixavam atacar. Por volta dos 25 minutos do primeiro tempo James Rodriguéz fez o que é considerado o gol mais bonito deste mundial. A Colômbia tentou mais algumas chances, mas o goleiro uruguaio conseguiu impedir que o placar fosse mais elástico logo nos primeiros 45 minutos. 
No segundo tempo os colombianos mantiveram parte do ímpeto do primeiro tempo dispostos a liquidar logo a fatura. Em uma jogada bem trabalhada e com excelente toque de bola, a Colômbia chegou ao segundo tento. Novamente a troca de passes envolvente terminou em um passe da direita para dentro da área e James Rodriguéz fez seu segundo gol na partida. Depois disso a Colômbia não se esforçou muito e ficou tranquila no jogo, administrando o resultado até o fim. A raça uruguaia ainda tentou pelo menos diminuir a derrota, e reagir, mas não era a tarde deles. A eliminação precoce da celeste não chega a ser uma surpresa, mas os brasileiros adoraram. O Maracanã era todo torcida prol Colômbia. E claro, achávamos que eles seriam mais fáceis de derrotarmos que o Uruguai. 
Agora o Brasil pode se preparar para mais um jogo difícil, e que vai ter um dos grandes duelos até o momento: James Rodriguéz contra Neymar. Já o Uruguai pode culpar seu craque Suárez pela eliminação nas oitavas. Se ele estivesse em campo a história poderia ser outra, e a Celeste não teria jogado apática quase todos os 90 minutos. Agora os uruguaios viram o outro lado da mordida, e sentiram um adversário que mordeu com bola em campo, disposição e vontade de ganhar. E o resultado pode ser considerado um novo Maracanazo, dessa vez promovido pelos colombianos, e nos vingando pela derrota de 2 a 1 em 1950. Adíos, Uruguay!

Sofrimento antecipado

Foi a sexta decisão de pênaltis da história do futebol brasileiro, mas não achávamos que passaríamos por ela tão cedo. Normalmente vemos esses dramas nas quartas, semi, finais. Pela primeira vez o primeiro jogo das oitavas é decidido na marca dos pênaltis. E o que assustava os torcedores no último sábado, dia 28 de junho, era que o sufoco foi contra o modesto Chile. os chilenos não tem tradição no futebol, e nunca nos ganharam em Copas, não possuem títulos. A culpa do 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação foi causada pela péssima atuação brasileira ao longo dos 120 minutos. 
Vamos ao jogo agora. Os primeiros 25 minutos de jogo foram totalmente da seleção canarinho que imprensaram a equipe chilena não a deixando chegar perto da nossa defesa. Dessa maneira após cruzamento de Neymar, David Luiz fez seu primeiro gol com a camisa amarela. A fragilidade chilena nas bolas aéreas foi bem explorada no que resultou na abertura do placar pela nossa seleção. Depois Marcelo em uma cobrança equivocada de lateral mudou o cenário da partida. Quando ele arremessou a bola, Hulk tentou devolver para ele, mas deu nos pés do jogador chileno, que tocou para Alexis Sánchez, marcando assim o gol de empate. A partir daí a seleção não se acertou mais em campo, e viu o Chile quase fazer o segundo. 
Depois do intervalo, e ainda abalado pelo lance que originou a igualdade chilena no marcador, o Brasil até teve chance de estar na frente de novo, mas o juiz inglês Howard Webb anulou bem o gol. Hulk havia dominado com a mão. O Chile foi melhor na segunda etapa e teve chance de vencer o jogo, nosso goleiro foi santo, e salvou a gente. A consagração dele viria minutos mais tarde como se verá. O nosso atacante que era desacreditado por boa parte da torcida foi o melhor em campo, lutou, brigou, e podia ter dado a vitória para a gente. Mas Hulk estava azarado naquela tarde de sábado. Com poucos lances perigosos pela seleção chilena e pelo nosso time, o jogo foi para a prorrogação. 
Nos 30 minutos extras o jogo continuou tenso, e o Chile cresceu, quis vencer, o Brasil pouco ameaçou o gol de Bravo, e por isso a tensão pairava no ar. Quando o desenho dos pênaltis parecia bem ensaiado pelas duas equipes, o Chile quase decidiu tudo na prorrogação no último ataque do jogo. A bola chutada por Peniglia quase entrou, mas por nossa sorte a trave era brasileira e nos ajudou a manter a esperança da vaga nas quartas. Depois do susto a decisão foi para os pênaltis, e nosso goleiro salvou duas vezes. William e Hulk perderam as nossas batidas. E na última cobrança do Chile, a bola para nos deixar apreensivos, bateu na trave correu perto da linha e saiu em linha de fundo. Ufa, passamos! Agora é aguardar mais um duelo tenso com mais um time sul-americano, que será contra Colômbia ou Uruguai. A torcida era óbvia, queríamos a Colômbia no nosso caminho, um novo Maracanazo não iríamos aguentar. 

Os belgas podem mais!

Todo mundo aguardava um futebol leve e solto dos belgas, já que esta foi a marca deles nas eliminatórias do Mundial 2014. Essa boa geração dos Diabos Vermelhos, comandada pelo ex-jogador Marc Wilmots, tem jogadores de grande qualidade técnica, mas não parece que aquele futebol seria apresentado aqui nos nossos gramados. 
O jogo contra a Coreia do Sul em São Paulo continuou mostrando um futebol sonolento, e muitos podem usar a pressão sobre os jovens atletas como o principal motivo pra o baixo rendimento do time. Os belgas eram melhores que os sul-coreanos, mas o asiáticos quando tinham espaço tentavam encerrar sua campanha do Mundial com ao menos uma vitória. Só que havia um goleiro chamado Courtois no caminho deles, que pegava a bola coreana. Os diabos vermelhos estavam pressionados pela imprensa mundial pelas eliminatórias que fizeram e por isso talvez não tenham conseguido render tudo que deles se esperava. Mesmo assim criavam boas chances de gol, apesar de não mostrar aquele futebol ofensivo que se imaginava. O primeiro tempo terminou 0 a 0.
No segundo tempo a Bélgica ainda era pragmática e jogava apenas para manter o resultado, e como os coreanos tinham grandes deficiências, eles conseguiam sem esforço pressionar os asiáticos. No meio da etapa final o jogo melhorou de ritmo e os dois times pressionavam muito em busca do gol da vitória. A correria sul-coreana deu trabalho para os belgas, que viram os rivais da Ásia mandarem uma bola na trave. Como quase todos os jogos desta rodada do Mundial, a Bélgica conseguiu fazer um gol nos últimos quinze minutos, quando o goleiro Kim deu rebote nos pés do atacante Vertoogen. Em um contra-ataque eles por pouco não fazem 2 a 0, já que em busca do empate a Coreia do Sul deu espaços.
Agora para a Bélgica é tentar jogar tudo que sabe nas oitavas, e para os coreanos trabalhar pelos próximos quatro anos para ter um desempenho melhor no Mundial da Rússia. Já os belgas vão ter um determinado time americano pela frente. 

Drama paranaense!

Rússia e Argélia travavam o jogo que definiria a última vaga na fase mata-mata do Mundial 2014. Os argelinos precisavam do empate, os russos da vitória. O técnico dos europeus era o retranqueiro Fabio Capello, e que não tinha grande qualidade técnica. No final quem conseguiu o que queria era o time africano. O jogo terminou com 1 a 1 no marcador. 
A Argélia visava desde o primeiro instante de jogo mudar aquela história de 1982, quando por resultados arranjados foram eliminados na primeira fase. No último jogo da Arena da Baixada neste Mundial, vimos um drama que nem um bom escritor russo poderia imaginar. Mas vamos falar primeiro dos 45 minutos iniciais. O jogo começou truncado, estudado, nos primeiros dez minutos nenhum dos times criou algum perigo de gol para o goleiro adversário. Como era imaginado, a Rússia tentaria criar as chances de gol através das jogadas aéreas, e assim aos 15 minutos abriu o placar. O resultado era o que Capello e seus comandados desejavam. A partir dai quem mais atacou foram os argelinos. Akinfeev se redimiu do ridículo frango levado na estreia russa no torneio. Apesar de ter tentado atacar, o jogo foi arrastado, e não teve muita chance de gol. 
No segundo tempo com mais espaço a Rússia explorava os contra-ataques, já que a Argélia se lançava pra frente em busca do empate. A seleção africana era quem precisava propor o jogo, e assim conseguiu chegar ao gol da mesma maneira que os russos. Escanteio, bola na área, cabeçada de Slimani, e com a saída errada do goleiro russo fez a bola entrar e morrer no fundo da rede argelina. Os russos foram pra cima nos 30 minutos finais sem organização mesmo. No entanto a defesa africana estava bem fechada e com ligação direta a bola batia e voltava. Conforme o tempo passava mais os europeus buscavam o ataque, e os africanos mais defendiam do que nunca. Nos minutos finais começou a temporada de bola levantada na área e nada funcionava. A Argélia ainda chegou ameaçar duas, três vezes no contra-golpe. 
Quando o juiz apitou o fim do jogo vimos uma alegria emocionante de jogadores e torcedores que viam pela primeira vez seu time chegando na fase final de um Mundial, e os russos eram desespero, mas sem choro já que são um povo frio. Como diziam que a Rússia se preparava em 2014 para a próxima Copa que será na casa deles, e assim conseguir um bom resultado com o apoio do seu torcedor. Parabeens, Argélia, vimos sua pequena história no futebol sendo escrita aqui. Agora qualquer resultado é lucro, ainda mais que do outro lado vão ter a Alemanha pela frente. Será que o drama e a história deles não terminou em Curitiba? Saberemos dia 30 de junho.

Telão não ganha jogo!

Se vaidade desse prêmio aos jogadores, fizesse grandes times ganharem jogos, sem dúvida Cristiano Ronaldo e Portugal teriam sempre o que comemorar no mundo do futebol. Mas como isso fica no extracampo eles têm que jogar bola, e não o fizeram pela passagem pelo Brasil, mesmo que tenham se despedido com vitória sobre Gana. Por falar nisso essa seleção africana proporcionou a imagem mais feia e lamentável da competição até agora. Eles cobraram dinheiro da federação ganesa de futebol por terem conquistado a vaga no torneio mundial, e mandaram rapidamente da África para a capital brasileira. Depois com o dinheiro líquido em mãos, no hotel os atletas cheiravam as notas como animais, e como se nunca tivessem visto isso em toda sua vida. Alguns defenderam eles dizendo que os dirigentes lá se omitem quando há um fracasso em qualquer torneio, mas nada se justifica. Os torcedores querem que o time jogue pelo povo, e isso eles só fizeram nos primeiros jogos, e para tentar justificar o empate e derrotas nesta Copa, quiseram usar o lado financeiro. A moral da história é que isso foi lamentável. 
Agora falando de bola rolando. Portugal sabia que precisava golear e torcer para uma vitória alemã se quisesse permanecer no campeonato. A esperança estava com seu principal jogador, Cristiano Ronaldo. Se ele jogasse o que não fez até aquele jogo, poderia acreditar na vaga para jogar contra a Bélgica, imaginando que os Diabos Vermelhos fiquem com a liderança do grupo H. No primeiro tempo o jogo foi dominado pelos lusitanos, e eles criavam as melhores chances de gol. Devido à um gol contra marcado pelo jogador ganês no meio da etapa inicial, Portugal saiu na frente. 
No segundo tempo, quando se soube o que acontecia entre alemães e norte-americanos, Gana foi melhor no jogo e chegou ao empate. Com 1 a 1 no placar, e com o 1 a 0 alemão ajudando, Gana sentiu que podiam ficar com a segunda vaga e mandou bola na trave, foi para o ataque. Quando Portugal teve uma chance não desperdiçou, e olha que os ganeses ajudaram para eles ficarem em vantagem de novo. Aos 40 minutos do segundo tempo o goleiro africano rebateu nos pés do Cristiano Ronald, e fez ele não sair do Brasil sem ter feito pelo menos um gol. Mais preocupado com sua imagem e com os telões ele esqueceu de jogar fazendo com que Portugal não produzisse tanto. Quando o juiz apitou o final ele se deu conta de que tinha que brilhar, e não o fez. Para se ganhar se deve produzir grandes jogadas, e não ser vaidoso, por causa desta e de outros fatores, Portugal do atual melhor do mundo caiu fora na primeira fase. 
Cristiano Ronaldo agora deve se preocupar em ficar mais feio, horrível nos telões pelos próximos dois anos, e ajudar seus companheiros a um bom resultado na Eurocopa 2016. Lá o futebol dele tem de ser protagonista. 

Amigos, amigos, Copa à parte

Muito se falou da amizade entre Jurgën Klismann e Joachin Köw, respectivamente técnicos dos Estados Unidos e da Alemanha, e que por conta disso fariam um jogo amigável onde o empate garantiriam os dois nas oitavas. Mas não foi isso que se viu em campo. Os alemães conseguiram ganhar de 1 a 0, em um jogo que só eles atacaram praticamente.
O time alemão era tido como o maior candidato a tirar o título do Brasil, e que mostrariam um futebol envolvente e cheio de belas jogadas. Mas o time não fez o que dele se esperava, pelo menos na primeira fase. Na estreia golearam Portugal porque os gajos estavam com um a menos, contra a forte seleção de Gana empatou e viu Gana jogar um pouco melhor e quase ganhar o jogo. E contra os Estados Unidos foi pragmático apesar de ter criado as melhores oportunidades de abrir o placar. Os Estados Unidos no primeiro e segundo tempo mantiveram o espírito do que chamamos de times pequenos. O resultado foi apenas a Alemanha buscando vencer o jogo, mesmo assim sem forçar excessivamente a festa. Sem ímpeto e vontade ganhar dos dois, vimos um 0 a 0 sem graça no primeiro tempo.
No segundo tempo o jogo foi todo da Alemanha. Tudo bem que os norte-americanos quiseram atacar nos cinco minutos finais, mas no todo pouco produziram para empatar ou vencer o confronto. Pela forma que os alemães jogavam pareceria que nem eles fariam gols na tarde da quinta-feira passada, entretanto aos dez minutos após rebatida da defesa do Tio Sam a bola sobrou para Thomas Müller que chutou bonito e deu números finais ao duelo pelo grupo G. Os germânicos ainda criaram algumas chances, mas nada que pudesse mudar o 1 a 0. Os jogadores americanos pareciam saber o que acontecia em Brasília entre Portugal e Gana, e resolveu segurar o 1 a 0 que mesmo assim sairiam com a vaga. O jogo se arrastou desta forma até o final, e os dois avançaram para o mata-mata do Mundial brasileiro. Os dois agora aguardam a definição dos seus adversários.
este jogo comprovou o que se notou na primeira fase até agora. Os grandes times não estão sendo tudo aquilo que imaginávamos, e a modéstia Colômbia é quem jogou mais ofensivamente, e de forma solta. Agora a expectativa dos torcedores das grandes seleções, do bom futebol é que se jogue mais bonito e que vejamos gols, pois os brasileiros estão mal acostumados com a história da maior média de bolas na rede em 20 edições do torneio. Que a Alemanha volte a ser aquela de 2, 4 anos atrás, é o que esperamos.

Agora que venha Messi e companhia

7 gols em 3 jogos, quando mostramos as estatísticas desta seleção nem parece que estamos nos referindo à Suíça. Mas é isso mesmo, o time que representa a nação onde fica a sede da Fifa agora joga para a frente, busca gols, e conta com jogadores muito habilidosos. Uma prova da postura diferente em relação à de jogos anteriores foi o fato de levar uma goleada da França por 5 a 2, e de buscar a virada na estreia até o último minuto contra o Equador, quando venceram por 2 a 1 no último lance da estreia na Copa. 
Pegar a frágil Honduras na última rodada pelo segundo mundial seguido na última rodada desta etapa do Mundial seria ideal para seguir vivo na Copa. Se em 2010 os dois se cruzaram na mesma circunstância e empataram por 0 a 0, desta vez o enredo foi diferente. Shaqiri foi o nome do time europeu na partida. Três gols em um único jogo de Mundial é para poucos, e ele deu início a saga de bola nas redes da Arena Amazônia com um chutaço, golaço de fora da área. Honduras era definitivamente o pior time desta Copa. Mesmo os outros que só perderam nesta Copa tinham times melhores que os caribenhos. Ainda nos primeiros 45 minutos os suíços ampliaram para 2 a 0 a vantagem. Como seguia empate no Maracanã, a vaga era deles. 
O segundo tempo veio e a Suíça diminuiu um pouco o ritmo, mas ainda era superior na partida. Quando Shaqiri recebeu a bola fez 3 a 0 e consolidou a goleada. Mais um 3 a 0 que os latinos recebem de um europeu neste Mundial. Com alguns nomes habilidosos no time eles conseguiram o que precisavam para diminuir o saldo de gols negativo e garantir a vitória para avançar no torneio. Honduras chegou pouco no ataque, e quando chegava não oferecia perigo para Benaglio. 
Agora a missão dos suíços é parar Messi e companhia nas oitavas-de-final, e fica uma questão no ar: voltar a tática antiga de se plantar na defesa e buscar uma bola para decidir o jogo, ou jogar como jogou nos três jogos da primeira fase em busca de gols e triunfos. Só uma coisa é certa para este duelo, a Suíça vai marcar muito e tentar parar o baixinho argentino de qualquer maneira. E acho que os europeus vão vender caro esta derrota. Messi vai cortar um dobrado para eliminá-los. 

O Maracanã não merecia isso!

Dia 25 de junho, penúltimo dia da primeira fase da Copa do Mundo de 2014. Grupo E: França e Equador, para os europeus o empate lhes bastava para ficarem em primeiro, já os sul-americanos precisavam ganhar para seguir no torneio. E vimos um jogo sem vergonha, que fez se concretizar o primeiro jogo sem gols no Maracanã. Um dos piores jogos do Mundial do Brasil. E neste jogo cheio de erros de passe e chutes, o destaque foi Dominguez, goleiro do Equador. E de todos os estádios da Copa, pela sua grandiosa história, o Maracanã era o que menos merecia ser palco da falta de gols. 
O primeiro tempo teve os dois times travados. A França administrava a partida para segurar o empate, já que isso era mais que suficiente para ficar em primeiro do grupo. O Equador até criou boas chances mas quase não levou perigo para Lloris. Os dois times erravam muito em campo e maltratavam a adorável Brazuca. Restava ao torcedor gritar músicas do Flamengo, fazer olas, porque de sair algo espetacular nas quatro linhas estava bem difícil. Apesar de uma leve superioridade no primeiro tempo, a França foi quem criou a melhor oportunidade de balançar a rede. 
O segundo tempo viu uma França mais incisiva, tomando iniciativa e atacando já que os rivais não atacavam. No início dos 45 minutos finais eles até quase fizeram o primeiro quando a bola se chocou com a trave. Sem fazer muita força os Les Bleus chegavam com perigo e pravam nas grandes defesas de Alejandro Dominguez. Os equatorianos apesar do grito: si se puede não ameaçavam os franceses. Benzema não foi o mesmo dos dois jogos anteriores. Era claro que a escolha de Didier Deschamps em poupar os titulares para as oitavas-de-final  contra a Nigeria, e o time não correu muito no Maracanã. 
Por tudo isso relatado aqui o som do fim da partida foi simbólico: vaias. Brasileiro provou que detesta ver 0 a 0. Com o empate o Equador era o único sul-americano eliminado na fase de grupos. Agora a França volta para o seu Centro de Treinamento em Ribeirão Preto para repousar e depois seguir para duelar com os nigerianos em Brasília por uma vaga apenas nas quartas-de-final. Mas que os dois poderiam ter feito mais, e balançar ao menos uma vez a bela rede do bom e velho Maraca, poderiam. 

A Bósnia se despede dignamente do Brasil

Raros são os times que estreiam em qualquer torneio e conseguem um bom resultado. Podemos ilustrar em uma mão os times que conseguem êxitos tão rapidamente em comparação com outros. Em Copas do Mundo podemos citar a Croácia em 1998. Mas é muito difícil de isso acontecer. Por isso a Bósnia pode trilhar o caminho vitorioso e chegando nas grandes competições a partir da Copa 2014. A vitória por 3 a 1 sobre o Irã fez fechar brilhantemente a estreia bósnia em um grande torneio. Desde que ficou independente da Iugoslávia na década de 1990 foi a estreia em grandes campeonatos destes jogadores. 
O primeiro tempo mostrou quem era mais time, e que poderia ter avançado de fase caso tivesse tido espaço para jogar. Os jogadores europeus tomaram iniciativa com um objetivo claro, estrear no torneio com ao menos uma vitória. E sabiam que eram mais equipe e conjunto que os nigerianos, mas a forte defesa africana impediu que eles mostrassem suas grandes jogadas. Aos 22 minutos a supremacia europeia se consolidou e os bósnios abriram o placar. Dzeko, principal cara do time botou a bola no fundo das redes. Mesmo assim foram 45 minutos sem graça, sem muita emoção, vide que os europeus estavam eliminados e os iranianos precisavam de um milagre para passar. 
O segundo tempo melhorou um pouco, mas por saberem que não tinham mais nada o que fazer na competição o jogo foi bem mais devagar que o duelo jogado simultaneamente entre argentinos e nigerianos. Nos últimos quinze minutos mais três gols. A Bósnia chegou a ampliar já no final dos 90 minutos. Depois os europeus deram uma bobeada na saída de bola, e o Irã marcou seu único gol do Mundial. Agora um parênteses: desde 1998 que todos os 32 países do torneio não conseguiam ao menos uma bola na rede adversária. Ainda teve tempo para quase nos acréscimos eles chegarem a confirmar sua primeira vitória em Mundiais e selar o placar de 3 a 1.
Com isso os dois países se despedem do Brasil, ambos sob muita simpatia dos brasileiros. E agora fica a torcida para vermos Dzeko na Euro 2016 e na Copa de 2018, na Rússia. Depois de tantos sofrimentos com guerras, a Bósnia e Herzegovina merece um sorriso, nem que seja apenas no futebol. 

E se não tivessem o Messi?

Terceiro jogo da Argentina, e mais uma vez o baixinho hermano desequilibrou a favor dos nosso vizinhos. Neste jogo ele conseguiu marcar duas vezes, e um delas foi apenas o segundo gol de falta da Copa do Mundo até aquele momento. Novamente os argentinos tiveram dificuldades contra os nigerianos, e em 2014 não foi diferente. Foi a quarta vez nos últimos seis mundiais que eles se cruzam, quase sempre na fase de grupos. E o jogo teve um aspecto interessante fora de campo também. Pela proximidade da fronteira entre Brasil e Argentina em relação à cidade de Porto Alegre, mais de cem mil hermanos tomaram conta das ruas gaúchas. A maioria apenas para ver perto da equipe o jogo, e sentir o clima do campeonato de futebol, já que não tinham ingressos para o Beira-Rio. O jogo foi 3 a 2 para a Argentina, em dois momentos com a partida muito acelerada como se verá. 
O jogo começou animado e bem movimentado. Logo nos primeiros três minutos Di Maria recebe lançamento nas costas do zagueiro esquerdo da Nigéria, e chutou forte, Eneyama defendeu, e sobrou limpa para Messi chutar forte e abrir o placar. Logo na saída de bola Musa empatou para a Nigéria. Já era naquele instante o jogo com os dois gols mais rápidos desta Copa. Argentina e Nigéria ainda mantiveram a aceleração do jogo por mais dez minutos, depois o ritmo diminuiu. A Argentina parecia estar fazendo sua melhor partida, criando boas chances de gol. Di Maria e Messi eram os destaques. Por volta dos trinta minutos uma falta para La Pulguita, que bateu com rara categoria e pôs os argentinos em vantagem novamente. Após esse gol nada de muito mais interessante aconteceu no primeiro tempo. 
Se os primeiros 45 minutos começaram muito rápidos, a segunda metade da partida manteve o mesmo ritmo. Aos 4 minutos em mais um falha da defesa, marcação nigeriana Musa fez mais um. No duelo entre ele e Messi estava 2 a 2. Pouco depois o time hermano consegue marcar dom Rojo em uma cobrança de escanteio perfeita. O jogo continuou bom, mas sem muitas chances de gol. Messi foi eleito novamente o melhor em campo, e a Argentina saiu satisfeita com sua atuação e seus cem por cento de aproveitamento na fase de grupos. Esse foi o melhor jogo deles até agora. Agora os sul-americanos esperam a definição do adversário das oitavas, que deverá ser Suíça ou Equador. Apesar da primeira derrota a Nigéria ficou com a segunda vaga. Isso porque a Bósnia venceu o Irã em Salvador. 
Vendo os três jogos argentinos até o presente momento nos faz indagar: E se eles não tivessem o Messi para decidir os confrontos? Ele foi o responsável direto pelas três vitórias do Hermanos. Fico imaginando se o baixinho bom de bola se machucar o possível destino deste time. Para eles é bom a gente pensar nisso, eles por sua vez, nem cogitam nesta hipótese. 

Erro crucial derruba marfinenses

O favoritismo era todo sos africanos. O time de Didier Droga era o mais cotado para se classificar na segunda posição do grupo C deste Mundial. E como a Grécia é conhecida por jogar mais na defesa, deveria ser jogo de um time só, mas quem disse que teoria e prática são a mesma coisa? A verdade é que este teve o final de jogo mais dramático da etapa de grupos da Copa 2014. Os 2 a 1 da Grécia deram pela primeira vez a vaga nas oitavas aos gregos. 
No primeiro tempo foi visto um jogo bem diferente do que todos imaginavam. As melhores chances de gol foram dos gregos, com direito a bola no travessão. As melhores chances de gol foram dos europeus. Para surpresa de todos a Costa do Marfim pouco chegava ao ataque, ou não conseguia criar formas de entrar na zaga grega. Com isso a Grécia foi criando chances atrás de chances, e conseguiu abrir o placar em um erro de saída de bola do time africano. Samaris foi o autor do primeiro grito de gol do jogo. A bola nas redes incendiou o jogo, e Yaya Touré quase igualou o placar, mas não entrou. O primeiro tempo terminou assim mesmo.
Na segunda etapa a primeira oportunidade de gol foi dos gregos, mas depois os jogadores da Costa do Marfim conseguiram chegar perto da igualdade, no entanto pararam no goleiro grego. O jogo neste momento seguia bem equilibrado e aberto, com a Grécia nos contra-ataques ameaçando perigosamente a meta africana. E os europeus estavam bem a vontade, e obrigavam a cada lance o goleiro marfinense à uma grande defesa. Poucos minutos depois mais uma bola na trave do time africano. A Grécia fazia até aquele momento seu melhor jogo nesta Copa, pelo menos tinham uma postura bem mais ofensiva do que a de jogos anteriores. As ameaças vinham de todo jeito, com bola rolando ou de falta. Quando conseguiram um contra-ataque já mais para o final de jogo, a Costa do Marfim chegou ao empate. Naquele momento a vaga era deles. 
A luta grega continuou nos dez últimos minutos, mas pareciam que ceder o empate seria muito falta para quem jogou melhor que o adversário pela primeira em 270 minutos. A justiça desta vez parecia ter premiado os que mais jogaram na média dos três jogos da Copa. Mas eis que surge um pênalti no fim do caminho. Já nos acréscimos a Grécia consegue estragar a alegria e euforia marfinense. Sem tempo para reagir, os africanos são derrotados, e provocam a maior comoção pela eliminação de um time neste Mundial. Com a passagem para dos europeus as oitavas de finais em Recife veriam um duelo de zebras: Costa Rica e Grécia. 
Com a moral elevada pela vaga garantida, os gregos tornam este duelo com os centro-americanos em um jogo sem muito favoritismo. E para quem passar já vai ter conseguido sua melhor campanha em uma Copa do Mundo. Já aos jogadores da Costa do Marfim resta lamentar e chorar muito esta eliminação que até os 46 do segundo tempo parecia que não iria acontecer. Esta geração vai dar adeus, e tentará criar outra para mudar a história do país de origem francesa nos próximos mundiais. 

Colômbia à brasileira!

Há um tempo os brasileiros eram considerados os grandes bailarinos da bola, quem encantava em campo. Mas não é que na Copa do Mundo aqui veio esses tais colombianos, diga-se de passagem sem Falcão Garcia, e estão nos desbancando na nossa casa? Meninos abusados. A verdade é que os sul-americanos, como eles são conhecidos jogaram até a última terça-feira, dia 24 de junho, o melhor futebol da primeira fase. Merecidamente terminaram esta etapa da Copa com os cem por cento de aproveitamento. 
O time colombiano venceu por 4 a 1 contra o Japão, e garantiu um dos melhores ataques, e defesas da competição até este presente momento. O excelente estilo de toque de bola, e jeito envolvente encantaram os olhos dos torcedores que assistiram aos seus jogos em Belo Horizonte, Brasília e Cuiabá. Apesar disso eles começaram com o espírito de empatar e não se expor muito para assegurar o primeiro lugar do grupo C. No entanto, no decorrer do jogo a fragilidade do time japonês alterou sua postura, e chegou a mais uma grande vitória nesta Copa. Para quem não sabe é a primeira vez que eles conseguem três triunfos em três confrontos em Mundiais. E na ausência do astro do time Falcão Garcia, James Rodriguez tem dado conta do recado, e o substituindo à altura. 
A Colômbia em uma jogada de velocidade abriu o placar sem muito esforço. A zaga nipônica é deficiente demais, e deu espaço para o primeiro gol dos colombianos. Depois em uma rara jogada aérea, o Japão igualou o placar. Pelo menos que eu tenha visto foi primeiro gol dos nisseis. Os nipônicos ainda criaram algumas boas chances de gol, mas não conseguiram finalizar com categoria. Com a fragilidade dos asiáticos, os sul-americanos aproveitaram o desânimo dos oponentes, e conseguiram construir mais uma grande vitória no Brasil.
No segundo tempo, Jackson Martinez e James Rodriguez mostraram o belo futebol deles, e com direito a um golaço encobrindo o goleiro, a Colômbia chegou tranquilamente aos 4 a 1. Com o gol da James, ele conseguiu ser o único a fazer um gol em todos os jogos disputados por seu país nesta edição do Mundial. Com mais este triunfo, a primeira colocação ficou mais do que consolidada, e agora vão travar um duelo continental contra o Uruguai. Já o Japão, que ano passado mostrou um futebol de bom toque de bola decepcionou, e parece ter desaprendido a técnica e habilidade, e não renderam o que deles se esperava. Como no outro jogo a Grécia venceu a Costa do Marfim, a segunda vaga ficou com os gregos. 
Os inventores do futebol-arte que se cuidem porque passando pelos uruguaios, os colombianos cruzam nosso caminho, e a seleção que mais bola tem jogado em duas semanas de torneio, pode dificultar muito nosso caminho. Resta ver como esta nova geração colombiana vai se portar em campo, pois alguns números já a fazem melhor que o time de Asprilla, Valderrama, Rincón. 

Mais vivos do que nunca

O pequeno time da Costa Rica conseguiu sobreviver ao tão falado grupo da morte. E mostrou para os três campeões do mundo: Uruguai, Itália e Inglaterra, respectivamente, e deu ao país da América Central o maior feito na história do seu futebol. Há quem diga que como já haviam surpreendido a todos e ganhado de 3 a 1 do Uruguai e 1 a 0 da Itália, vencer a Inglaterra era possível, e afirmaria que nada foi por acaso, mas o time preferiu ser grande e empatar para assegurar o primeiro lugar do grupo. De qualquer maneira terminou sem perder para os poderosos uruguaios, italianos e ingleses. 
Se por um lado os britânicos queriam se despedir com ao menos um triunfo, os costarriquenhos queriam cozinhar o jogo e consolidar sua primeira colocação para ao menos escapar de um adversário mais difícil.  Apesar disso os dois times conseguiram criar boas oportunidades de gol, e obrigaram as defesas e goleiros a trabalharem muito. No primeiro tempo vimos uma seleção inglesa atacando mais, querendo se redimir dos vexames das partidas anteriores, bem, vexame não, só derrotas mesmo porque perderam para Uruguai e Itália. Sturridge, a grande promessa da nova safra de jogadores da terra da Rainha, pode vir a ser o grande comandante deles já pensando em 2018. O tempo normal ficou sem ver o balançar das redes do estádio Mineirão, em Belo Horizonte, 
Na segunda etapa o jogo continuou parecido, e o jovem inglês se mostrou ser o grande pesadelo da Costa Rica. Como podíamos imaginar o jogo foi dominado pela Inglaterra, pois para eles deveriam encerrar sua passagem pelo Brasil de forma digna. Navas ainda conseguiu mostrar que sua temporada pelo modesto Levanta, da Espanha, não foi por acaso, e fez pelo menos três boas defesas neste duelo entre Europa e América Central. Apesar do esforço inglês o jogo ficou sem gols mesmo, e provocou uma precoce eliminação sem vitórias. Agora esta geração se despede, e dá lugar a uma nova leva de jogadores comandada por Sturridge para tentar voltar a fazer o sol brilhar na terra da Rainha. 
Para a simpática Costa Rica pode-se comemorar a façanha de sair do grupo da morte, com três campeões mundiais, e sair em primeiro lugar, e sem perder para nenhum deles. E espero que o discurso de agora em diante: o que vier é lucro daqui pra frente não exista, e permaneçam jogando esse futebol que mostraram na primeira fase, e que ganhem de gregos, marfinenses ou japoneses. para eles qualquer resultado já poderá ser comemorado. 

Qual o preço da vaga?

Uma vaga nas oitavas-de-final de uma Copa do Mundo vale uma mordida? Não, é claro que não, mas para o atacante uruguaio Luis Suárez parece que sim. No jogo contra a Itália pela última rodada da fase de grupos terça-feira passada, no segundo tempo, o atacante do Liverpool da Inglaterra mordeu o zagueiro da Azurra Giorgio Chiellini. Vale lembrar que no jogo entre italianos e uruguaios quem perdesse estava eliminado, e o vencedor passaria de fase. O empate servia para os europeus. 
O jogo foi nervoso os 90 minutos. O primeiro tempo mostrou que os dois times estavam empenhados em garantir a vaga, mas claro que as iniciativas foram tomadas pela Celeste. Buffon teve muito trabalho para parar as investidas dos uruguaios. Na bola parada a Itália ameaçou também. Pirlo, com seu refinado toque de bola, fez o goleiro Muslera ficar assustado e apreensivo. Como a igualdade no marcador servia para a Azurra, eles não fizeram questão de atacar muito, e tentavam cozinhar o jogo, e tentar nos contra-ataques fazer o gol da vaga. Isso é sempre o perigo, jogar pelo empate sempre pode ser fatal, e fomos comprovar que seria muito fatal mesmo. 
Antes de continuar a falar sobre esse jogo, vale lembrar que os dois chegara nesta situação em Natal por conta das inesperadas derrotas de ambos para a surpreendente Costa Rica no grupo da morte. O segundo tempo veio e o Uruguai tentava marcar gol com seu principal nome, Suárez. Ele que havia sido decisivo contra a Inglaterra, parecia mais apagado na Arena das Dunas contra a Azurra. Havia um Buffon também no meio do caminho, e ele conseguiu para o atacante celeste. Apesar de o Uruguai mostrar mais força e poder ofensivo, o jogo era tenso, qualquer erro para qualquer lado seria fatal, por isso o jogo teve pouquíssimas chances de gol. A vaga já parecia estar com a seleção europeia, aos 32 minutos do segundo tempo eles quase confirmaram a vaga furando a zaga e defesa sul-americana, mas no cruzamento a bola ficou tranquila para Muslera. 
Nunca ache que o jogo está ganho, que a vaga está garantida, e a raça uruguaia mantém sempre uma esperança acesa, por mais remota que ela seja, e isso foi comprovado três minutos depois do último ataque italiano. Em uma cobrança de escanteio o zagueiro do Atlético de Madrid, Diego Godin, subiu mais que os zagueiros europeus e fez o gol do jogo. Pirlo ainda tentou numa falta recolocar a Itália no Mundial, e evitar a humilhante segunda eliminação seguida na primeira fase de uma Copa. Depois do gol veio o lance inusitado do jogador uruguaio Suárez, e ele mordeu o zagueiro italiano. o juiz do jogo não viu, e três dias depois ele foi punido sem poder atuar por 9 partidas oficiais, 4 meses sem poder entrar em estádios e poder ter atividades ligadas ao futebol, além de pagar uma multa de aproximadamente 200 mil reais. Para as oitavas de-final o atacante uruguaio seria um grande desfalque, e isso poderia prejudicar o time Celeste. Será que a vaga valeria sua terceira mordida em um companheiro de profissão, Suárez? Sua mordida pode ter custado muito caro para seu país.