Quem ganhará hoje o prêmio de melhor jogador da Fifa de 2013?

Reflexão sobre o rebaixamento do Glorioso!

O Vasco vai subir, mas o Rio de Janeiro terá um novo alvinegro na Série B em 2015. E levando em conta que o Macaé subiu da série C, teremos dois cariocas na segunda divisão. O Glorioso não tem salvação mais. O time precisa vencer os quatro jogos restantes para se manter na série A. Considerando que eles só venceram sete até agora, difícil imaginar uma reação. Além disso, a torcida do Botafogo nos bons, e maus momentos, já tem tradição de não lotar estádios, e apoiar seus jogadores. Desde março de 2013, quando foi interditado, o Engenhão, casa alvinegra, não pode receber partidas. A principal fonte de renda do clube levou General Severiano à uma grave crise. Mas o principal culpado pela atual situação do Botafogo, é o seu presidente, Maurício Assumpção. A sua péssima gestão afundou o clube em uma situação financeira alarmante. O time teve os bens penhorados, e bloqueados, ficando proibido de atuar no Maracanã. E se não bastasse isso, há um mês o dirigente afastou do time os quatro líderes e melhores jogadores do elenco, deixou a equipe muito fragilizada. Inclusive utilizam jovens da base, sem grande experiência, que enfrentam uma grande pressão dos torcedores, que levam ao abatimento dos jogadores, já que levam um gol e ficam sem poder de reação. A limitação do time é o que impede qualquer um de acreditar que é possível evitar o segundo rebaixamento em um espaço de 11anos. Em breve o clube passará por nova eleição, e o próximo presidente terá uma árdua missão: salvar as finanças e montar um time para subir em 2016. E me arrisco a dizer que com este time, eles terão muitas dificuldades para subir mesmo que consigam isso. Sem torcida, estádio, bens bloqueados, e com poucos jogadores que podem salvar o time do inevitável e impossível, é bom o torcedor, e sofredor alvinegro, se acostumar com a ideia de jogar a série B em 2015. E para o Botafogo se reerguer, a torcida tem de mostrar o que não mostrou até hoje: apoio ao time para sair desta fase. 

Os renascimentos da Canarinho

O ano terminou hoje para a seleção brasileira. E tentando recuperar o prestígio perdido com os 7  a 1 do dia 08/07/2014, a equipe encerrou a temporada de jogos no ano que atuou em casa no Mundial, com uma vitória diante da Áustria. Dos últimos três jogos desde outubro, era o adversário que vivia melhor momento. Há dois anos os austríacos não perdem sob seus domínios. Até hoje a nova era Dunga estava marcada pela força do sistema defensivo. Já se passaram cinco jogos sem ter a defesa vazada. Mas hoje voltamos a sofrer um gol. Os 2 a 1 sobre a Áustria, adversário que o Brasil enfrentou nove vezes, e nunca perdeu, serviram para tentar mostrar que ainda temos uma das melhores seleções. Amistosos não são os melhores tipos de jogos para avaliarmos positivamente, ou negativamente uma seleção, mas servem para vermos esquemas táticos e futuros bons jogadores para o próximo Mundial. Essas partidas são testes para jogadores que são convocados pela primeira vez, como Roberto Firmino, desconhecido do público brasileiro até novembro de 2014. O atleta do Hoffenheim garantiu o sexto triunfo da era Dunga com um golaço. Podemos ver o renascimento de alguns personagens do passado da Amarelinha. Dunga, por exemplo, voltou mais sereno, com nova formação tática, estilo de jogo, com jogadas ensaiadas - o time de Felipão não fez isso na Copa - e agora joga nos contra-ataques, ao invés de propor o jogo. Para alguns jogos, isso é fundamental, mas para outros, se o rival for frágil, não é bom. Neymar, preterido no passado pelo atual treinador , agora é o capitão e esperança de ares melhores para o nosso futebol. Em setembro, na reestreia de ambos, vimos o ressurgimento, sobretudo do atacante. Após a lesão nas quartas-de-finais, que o deixou fora das duas últimas partidas do Brasil no Mundial 2014, vimos ele bem, e jogando a bola que sabemos que ele é capaz de jogar. Ano que vem teremos a Copa América, torneio que Dunga venceu em 2007, na sua primeira passagem, e desta vez o título será mais complicado. Não é uma Copa do Mundo, mas pelo atual bom momento de cinco seleções do continente, o time canarinho será muito testado. Fernandinho, Roberto Firmino, Diego Alves, passaram no teste entre outros que merecem novas chances na seleção. Para 2015 ainda não temos compromissos confirmados, mas um grande teste será contra a França, em Saint-denis, já que eles se preparam para sediar a Eurocopa 2016. Se formos capazes de vencer os argentinos por 2 a 0, com autoridade, nesses seis jogos, seremos capazes de vencer os Le Bleus. A gente não esquece, nem esquecerá tão cedo os 7 a 1 para os alemães, mas é evidente que o renascimento do respeito à seleção brasileira e o esquecimento só poderão vir em 2018 com o Hexa. Fora isso, vencer é sempre bom, e veremos até quando o time de Dunga só saberá conjugar esse verbo. 

Os dois lados da final mineira

O jogo mais aguardado do ano, pelo menos para os mineiros, já começou com a derrota dos dois clubes. Cruzeiro e Atlético abrem as finais da Copa do Brasil 2014, na Arena Independência, apenas com torcedores do Galo. Entre alguns fatores que explicam esta medida de segurança, estão os atuais confrontos entre torcedores dos dois clubes. Na teoria o alviceleste teria direito a 10% da carga total de ingressos, o que daria aproximadamente 2.302, já que a capacidade do estádio é de 23.108 de público. Esta notícia veio como um banho de água fria na cabeça de quem achava que tudo seria apenas festa na primeira final entre estes eternos, e grandes rivais. Mas não é bem assim. Algumas pessoas vão ao campos de futebol, ou até mesmo na rua, para brigar com os torcedores adversários com o único intuito de fazer isso mesmo. A final que começa amanhã, às 22h, com transmissão dos canais: Fox Sports, Sportv, TV Globo e Espn Brasil, será a segunda entre dois times do mesmo estado, e cidade. A primeira vale recordar, foi entre Flamengo e Vasco em 2006. Naquela ocasião as torcidas dos dois rivais dividiram as arquibancadas. Tanto o Cruzeiro, quanto o Atlético Mineiro estão bem focados para estas duas últimas partidas do torneio nacional em sistema mata-mata. O alvinegro poupou titulares já com cabeça neste jogo no confronto de sábado, contra o Palmeiras, no Pacaembú. Já o Cruzeiro manteve sua liderança no Brasileiro com 5 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, São Paulo. E a Raposa aproveitou as duas partidas seguidas em casa, vencendo, e somando mais 6 pontos. Com o título do principal torneio nacional bem perto, eles agora voltam suas atenções para voltar a vencer o arquirrival nesta final. Esquecendo a polêmica dos ingressos, podem já ir preparando a pipoca, o refrigerante, o sofá, para começar a assistir o primeiro dos dois jogos mais importantes entre os dois times mineiros, prometendo fortes emoções. E que a paz reine dentro e fora de campo.  

As façanhas inacreditáveis do Super Atlético!

Como  explicar os recentes resultados do Galo mineiro nas competições internacional e nacional nos últimos dois anos? Bem, escutei alguns analistas chamando de milagre, impressionante, para fugir da mesmice vou preferir analisar, e comparar aos feitos de um super-herói. Se Hércules teve 12 trabalhos, o Atlético anda trilhando um caminho para chegar nesse número. Um terço deles já foi realizado. E todos esses inacreditáveis resultados e jogos foram no novo Mineirão, reformadíssimo para a Copa do Mundo em junho e julho deste ano. Primeiro fizeram os argentinos do Newell's Old Boys nas semifinais da Libertadores. Aí é bom mostrar as coincidências dessas mega façanhas alvinegras. Nos quatro confrontos que eles reverteram todas as adversidades possíveis, haviam perdido a partida de ida por 2 a 0 na casa dos rivais. Pois bem, chegou a volta no Mineirão, e eles, nos pênaltis, chegaram a final da libertadores. Nesta fase novamente levaram dois e não fizeram nenhum na casa dos paraguaios do Olímpia. Em casa devolveram o placar, e, novamente nas penalidades, ganharam o inédito título continental. E mais, quebraram um jejum de 42 anos sem nenhum título relevante para o museu atleticano. Some a tudo isso a euforia do ano passado, e a famosa fé e crença da sua torcida que vive gritando: Eu acredito!, às derrotas e aos super poderes vindos do além que permitiram viradas heróicas ao mudar duas vezes o placar agregado adverso de 3 a 0 para 4 a 3. E para gerar mais drama, e razões para seus adeptos vibrarem mais, esses feitos foram contra as duas maiores torcidas do Brasil: Corinthians e Flamengo, nas quartas e semifinais, respectivamente. No caso do jogo de quarta, contra os cariocas foi mais dramático, o tempo para a classificação e milagre era menor, já que o gol de Everton saiu nos dez minutos finais da primeira etapa. Com dois 4 a 1 nos times de maior camisa do Brasil no último mês, levam um pequeno favoritismo ao Galo. Isso mesmo, pequena vantagem. O adversário na final do segundo maior torneio nacional, será nada mais nada menos que seu rival máximo: Cruzeiro. Se eles não gastaram todos os terços, forças sobrenaturais, das arquibancadas, tenho certeza que caso venham a sofrer nova derrota por 2 a 0, é bom não duvidarmos deste time que revolucionou o futebol. Eles têm uma mentalidade que em qualquer time humano, normal, seria de se abater e não conseguir reagir para virar esses confrontos. Eles acreditam muito, agora todos passaram a respeitar mais este time, e não duvidam de mais nada que este time fez, e possa vir a fazer. Vem aí duas finais épicas, cuja primeira partida será realizada na casa do Galo na próxima quarta. Desta vez os dois milagres, poderes, forças, quebras de tabus atleticanos serão praticamente em casa nos jogos contra o maior rival. Com eles é impossível fazer qualquer prognóstico. Melhor esperarmos os 180 minutos acabarem para sabermos o roteiro destas decisões.